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Jogo Aberto

A culpa não é do HR, é da imprensa

Izabela Sanchez e Jones Mário | 07/11/2019 06:00
Secretário de Saúde se despede do ex-diretor do HR. (Foto: Marcos Maluf)
Secretário de Saúde se despede do ex-diretor do HR. (Foto: Marcos Maluf)

A culpa é da imprensa – A posse da nova diretoria do Hospital Regional, em Campo Grande, teve discurso duro contra a “má imprensa” e clamor pela “boa imprensa”. “Tem gente da imprensa que tenta associar a saída do diretor às mortes”, citou o secretário estadual de saúde Geraldo Resende, ao negar associação entre a crise do HR e a saída do então diretor do hospital, médico Márcio Eduardo de Souza Pereira.

Quem entende? - O que nem a imprensa, nem muita gente entendeu foi o motivo de, em plena crise deste ano, ser nomeado para diretor do hospital um profissional que já demonstrava intenção de deixar o serviço público. “O Márcio está precisando dar uma guinada. Sabíamos há mais de 5 meses que era um dos que entraram do PDV ”, admitiu o secretário.

Memória curta – Quem também cutucou a atividade jornalística foi a nova diretora do HR, a médica Rosana Leite de Melo. Ela citou reportagem que detalhou investigação que a transformou em ré, em 2018, por improbidade administrativa. “Ontem mesmo falaram coisas de mim, de vínculos, coisas que eu já tinha até esquecido”.

“Feministo” – Mato Grosso do Sul tem no secretário estadual de saúde o mais novo “feministo”. O termo é uma brincadeira, feita pelas mulheres, para os homens que defendem os direitos das mulheres, uma alusão ao “feminismo”. Isso porque Geraldo Resende disse que sentiu falta de um nome feminino no hall de ex-diretores do HR. “Não vi nenhuma mulher no hall de diretores. As mulheres estão chegando ao poder”, comentou.

No bule - O TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) abriu licitação para abastecer seus estoques de café. O valor estimado no edital, de R$ 33,2 mil, passa batido se comparado à quantidade licitada. Somados, os 4 mil pacotes de 500 gramas, chegam a 2 toneladas do grão moído.

Provocação - O deputado João Henrique Catan (PL) disse que depois das críticas que fez à Assembleia Legislativa, o deputado federal Loester Carlos (PSL) deveria coletar assinaturas na Câmara Federal para uma CPI sobre as contas de energia em nível nacional. "Então teríamos uma investigação mais ampla".

Acabou 2019 - Pelo menos para a Carreta da Justiça, projeto que leva atendimento móvel do judiciário à população. O último local neste ano será Laguna Carapã, município de 6 mil habitantes, a 289 km de Campo Grande. Lá, o atendimento vai até amanhã, dia 8.

"Clínica geral" - Na justiça sobre rodas, os serviços mais conhecidos são os divórcios e casamentos. Mas é possível fazer até o procedimento para reconhecimento de paternidade, com a realização de DNA, além de cobranças na área cível.

Bem diferente - Acostumados a lidar com os presídios estaduais lotados, repletos de "puxadinhos" para dar conta da superlotação das celas, advogados de presos de Mato Grosso do Sul transferidos para o sistema prisional federal estão sendo supreendidos pelas instalações: "limpas e organizadas", como definiu para a reportagem o defensor de um dos presos na Operação Omertá.

Só que - Se por um lado há elogio, de outro vem a crítica negativa, ao fato de as conversas entre defensor e representado serem gravadas. É regra nos presídios federais de segurança máxima, que já suscitou polêmica na Justiça, mas até hoje é mantida com aval do STF (Supremo Tribunal Federal). Os profissionais do Direito dizem que a medida fere a inviolabilidade da comunicação entre advogado e cliente. 

 

 

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