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Carta de Dilma é 'bala de latão' contra o impeachment

Waldemar Gonçalves | 17/08/2016 06:00

Superficialidade – “A carta da presidente afastada é de superficialidade impressionante. Parece compromisso de campanha eleitoral. Lamento. O documento deveria ter sido escrito no início de 2015, com ela assumindo os erros do seu governo, os quais colocaram o Brasil na pior crise da sua história. Concluo, afirmando que, na verdade, recebi quatro folhas brancas sem nada dentro”. Senador Waldemir Moka (PMDB-MS) no Facebook, ontem.

Bala de latão – A senadora Simone Tebet (PMDB-MS) também comentou a carta de Dilma Rousseff. “É mais do mesmo. Toda essa autocrítica dela vem com pelo menos dois anos de atraso. Além disso, Dilma fala em golpe querendo implantar um golpe de Estado com um plebiscito inconstitucional. Sabe aquela história de bala de prata? Essa é a bala de latão de Dilma”, disse ao blog O Antagonista.

Sessão-relâmpago – Na ‘sessão-relâmpago’ de ontem na Câmara Municipal de Campo Grande, a primeira com a campanha eleitoral já valendo oficialmente, alguns vereadores usaram o microfone para declarar quem estão apoiando na disputa pela Prefeitura. Para o presidente da casa, João Rocha (PSDB), a atitude dos colegas não desrespeita as regras eleitorais.

Só opinião – Segundo o vereador tucano, ao declararem durante uma sessão em plenário seus candidatos, os parlamentares estão transmitindo suas opiniões e não fazendo campanha. “Ninguém está pedindo voto”, conclui.

Reforço – Mesmo assim, a Câmara se mostra de olho no comportamento dos parlamentares. Após sessão de ontem, os vereadores se reuniram, segundo o presidente, para orientar e reforçar que os vereadores devem fazer o trabalho e ter ética durante o período eleitoral.

Há um ano – Uma das principais e praticamente única opositora de Gilmar Olarte enquanto ele esteve prefeito de Campo Grande, Luiza Ribeiro (PPS) usou o microfone do Legislativo Municipal ontem para lembrar que, há um ano, era discutida a abertura de processo de cassação do ex-vice-prefeito, justamente por suspeita de que ele teria cometido crime de lavagem de dinheiro.

Justamente – E, na segunda-feira, disse ela, justamente “vimos lamentavelmente” Olarte sendo preso sob suspeita do mesmo crime. Emendou dizendo que é preciso confiar no Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), instituição que deflagrou a operação que prendeu o ex-prefeito e mais três pessoas. Quem costumava defender Olarte na Câmara nem respondeu ao comentário de Luiza.

Amém – Marcos Alex abriu a campanha do PT à Prefeitura de Campo Grande ontem cedo com um ato ecumênico, com religiosos e lideranças indígenas se revezando para abençoá-lo. A ideia parece boa. Afinal, ter o apoio das religiões pode superar o fato de não ter a mesma simpatia das principais lideranças petistas. Nenhum dos ‘caciques’ do partido foi prestigiar o evento.

Amigo de sempre – Suél Ferranti garante que pode participar de qualquer ato ou manifestação de protesto que envolvam trabalhadores no Estado, apesar de ser candidato a prefeito. "Eles me recebem bem porque o PSTU sempre esteve ao lado deles. Além disto, não apareço apenas na eleição, mas sim durante todo o ano".

Ops – Candidato a reeleição em Maracaju, o prefeito Maurílio Azambuja (PMDB) teve um revés ontem. O TCE (Tribunal de Contas do Estado) aplicou-lhe multa de 100 Uferms (R$ 2.399) por ver irregularidades na compra, sem licitação, de 100 hectares no município para a implantação de indústrias.

(com Leonardo Rocha e Mayara Bueno)

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