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Cidade afunda em buracos, enquanto prefeito pede calma

Waldemar Gonçalves | 12/01/2016 06:00
Os dois ônibus lado a lado: camaradagem dos sertanejos após tragédia (Reprodução / Internet)
Os dois ônibus lado a lado: camaradagem dos sertanejos após tragédia (Reprodução / Internet)

Só buraco – Zahran, Joaquim Murtinho, Três Barras, da Divisão, Filinto Müller, Gury Marques. Estas vias, algumas delas de grande fluxo ou que são as principais em suas regiões, têm em comum o fato de estarem pelo menos parcialmente intransitáveis por conta de buracos no asfalto. Acidentes, principalmente com motociclistas, têm sido rotina, algumas vezes repetidamente em um mesmo trecho. Denúncias apontando problemas – e crateras – chegam de todas as regiões da cidade.

Atentos – Enquanto isso, a Prefeitura, que já não tem dado conta do serviço, depende de uma trégua nas chuvas para retomar o serviço de tapa-buracos, além de se ver às voltas com problemas em relação a contratos de empreiteiras. “A população pode ficar tranquila, estamos vendo a situação precária de algumas ruas e estamos atentos a isso”, disse o prefeito, Alcides Bernal (PP), quando questionado sobre suspensões de termos aditivos em acordos desta e de outras áreas de obras.

Desatentos – Se depender de sua própria equipe, Bernal não tem tantos motivos para tranquilizar a população. O secretário municipal de Obras, Amilton Cândido de Oliveira, não sabia ontem à tarde do que se tratavam publicações, no Diário Oficial do Município, tornando sem efeitos publicações sobre aditivos em contratos com empreiteiras. Ele e assessores da Prefeitura se comprometeram a se informarem a respeito, mas não houve pronunciamento posterior.

Confusos – Outra confusão entre Bernal e a equipe é com relação às obras de um corredor de ônibus, a serem feitas pelo Exército em Campo Grande. Segundo Bernal, efetivo da Capital será usado no projeto. O secretário de Obras, por sua vez, disse que quem tocará o serviço é o pessoal do 9º Batalhão de Engenharia e Construção, baseado em Cuiabá (MT).

Amigos – A imagem foi uma das mais divulgadas e comentadas na internet entre domingo e ontem: o ônibus da dupla Fernando e Sorocaba ao lado do veículo usado pela equipe de Michel Teló, este com a frente bastante danificada. Horas antes, um acidente envolvendo um carro e a equipe do cantor sul-mato-grossense, no Paraná, deixou três pessoas mortas. Segundo informações de diversos sites do “mundo sertanejo”, a dupla mandou seu ônibus ir até o local da batida buscar a equipe do amigo e transportá-la a Campo Grande.

Sem alvará – Princípio de incêndio na Central de Atendimento ao Cidadão, onde muita gente tem ido para reclamar do aumento nos valores do IPTU, revelou um problema que, se não solucionado, poderia resultar em tragédia. O prédio funciona sem alvará do Corpo de Bombeiros desde 2013. A promessa é regularizar a situação o mais rápido possível.

Otimismo – O otimismo não sai do discurso do governador, Reinaldo Azambuja (PSDB). Ontem, ao assinar repasse de verba para ligas carnavalescas, novamente citou fala do ex-ministro da Fazenda Delfim Neto, em uma palestra em São Paulo no ano passado, em que o economista disse que o Brasil já tinha passado por 24 crises. A atual é, portanto, mais uma a ser superada.

Alegria – Reinaldo ressaltou ser nos momentos de crises que é preciso aproveitar oportunidades para empreender e criar. Pediu para as pessoas aproveitarem o momento do carnaval para esquecer a crise e entrar no espírito da festa, com alegria para superar as dificuldades enfrentadas em 2015. Para ele, o governo deve fazer sua parte, assim como a população, para vencer a crise e promover o crescimento econômico.

Chora cavaco – O deputado Beto Pereira (PDT), que representou a Assembleia Legislativa na assinatura de repasses de verbas a escolas de samba, lembrou ter iniciado sua vida realizando festas: era responsável pela organização da “Saindo da Rotina e Entrando no Carnaval”. “Chora cavaco”, gritou ao fim do discurso.

Silêncio – Beto parece não ter agradado integrantes de baterias das escolas presentes no auditório da Governadoria. Ninguém respondeu com seus instrumentos ao chamado do parlamentar. Já o governador foi bastante prestigiado na solenidade, onde foram liberados R$ 721 mil para festas de carnaval em Mato Grosso do Sul.

(com a redação)

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