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Dólares para uma revolução urbanística no Centro

Waldemar Gonçalves | 13/05/2017 07:00

Quase uma década – “Foi quase uma década de espera, de ansiedade. E hoje nós queremos agradecer a todos aqueles que iniciaram este projeto”, disse ontem o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD, logo após assinar o empréstimo de US$ 56 milhões do BID para revitalizar o Centro da cidade.

Começou bem, andou pouco – Quem lançou a iniciativa, chamada Reviva Centro, foi Nelsinho, irmão de Marquinhos. Depois de um começo intenso, com a chamada “Lei Cidade Limpa”, o projeto pouco andou durante a gestão de Alcides Bernal (PP).

Revolução urbanística – “Com o financiamento do BID, que só começará a ser pago daqui a 5 anos, com juros de apenas 2% ao ano, vai ser possível fazer uma verdadeira revolução urbanística”, disse o senador Pedro Chaves (PSC-MS). Segundo ele, o recurso dará “alento à região central da cidade, que há mais de duas décadas passa por um processo de esvaziamento, semelhante ao que ocorre em outras capitais brasileiras, com lojas fechadas e redução do movimento no comércio”.

Papo na sauna – “A partir de determinado momento da conversa, ele perguntou se eu gostava de sauna. Eu disse a ele: ‘normal’. Aí entramos os dois para fazer a sauna. E foi aí que ele, quando entrou na sauna, e estávamos só nós dois, e estávamos claramente protegidos, e sem roupa – porque podia ser que eu tivesse alguma coisa para estar gravando – ele começou a conversar: ‘Como é? Esse pagamento é oficial, não tem que ser oficial, quanto custa’”.

Na delação – O trecho acima, segundo o Estadão, consta na delação do marqueteiro João Santana, em que descreve encontro com o ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS). A conversa teria ocorrido em 2002, na casa do ex-parlamentar, em Campo Grande, para acertar pagamentos via caixa dois.

Lula lá – Se na quarta-feira (10) a ida de Lula a Curitiba para depor diante do juiz Sérgio Moro dominou o conteúdo de redes sociais de lideranças petistas de Mato Grosso do Sul, o mesmo não se pode dizer de ontem, em relação ao episódio com um adversário histórico do PT estadual, o ex-governador André Puccinelli (PMDB).

André aqui – No perfil de Zeca do PT, por exemplo, apenas uma menção ao fato de o peemedebista, seu arquirrival político, passar a ser monitorado por tornozeleira eletrônica. Lula continuou dominando o pedaço.

Apoio total – Já entre os peemedebistas, não há quem ouse dizer que desconfia de Puccinelli. “Não acredito na culpa do ex-governador”, reforça o deputado estadual Paulo Siufi ao comentar a Operação Lama Asfáltica.

Tio ajuda – Tio do deputado estadual do PMDB, René Siufi é o advogado do correligionário. Ele vai ajudar o ex-governador a contornar a situação, diz o parlamentar, para quem Puccinelli deve ser o candidato do partido ao governo estadual ano que vem. A Justiça arbitrou fiança de R$ 1 milhão como condição para evitar medida mais dura, como uma prisão.

Ficou para 2018 – A tão desejada renovação da concessão para a Sanesul continuar explorando os serviços de água e esgoto em Dourados vai ficar para 2018, contrariando o que deseja o governador, Reinaldo Azambuja (PSDB). O projeto só deve ser apresentado após a conclusão do Plano Municipal de Saneamento Básico, que está em andamento e deve ficar pronto só em dezembro.

(com Anahi Zurutuza, Helio de Freitas, Leonardo Rocha e Mayara Bueno)

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