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Entidade investigada por tortura é autorizada a ensinar

Ângela Kempfer e Marta Ferreira | 14/12/2019 07:00
Visão frontal do castelo medieval, sede dos Arautos do Evangelho em Campo Grande (Foto: Paulo Francis)
Visão frontal do castelo medieval, sede dos Arautos do Evangelho em Campo Grande (Foto: Paulo Francis)

Abusos - Depois de denúncias nacionais de tortura contra internos, o grupo Arautos do Evangelho conquistou o aval do Conselho Estadual, homologado pela Secretaria de Educação de Mato Grosso do Sul, para oferecer Educação Infantil e Ensino Básico dentro da unidade da associação, em Campo Grande.

Perseguição? - Reportagens em grandes revistas e até no Programa Fantástico detalharam denúncias de castigos físicos e violência psicológica contra menores de idade em São Paulo, onde já é oferecido ensino regular. A instituição nega e atribui as denúncias à “perseguição religiosa”.

Colírio - Durante a passagem pelo Presídio Federal de Campo Grande, Jamil Name ganhou fama de arrogante. Agentes contam que em um dos contatos com o preso ilustre, Jamil “avisou” que deveria ser comunicado imediatamente sobre a chegada de um colírio importado da Alemanha. Mas foi informado que a banda toca de outra forma dentro da penitenciária.

Andamento - Por falar no empresário, começou a tramitar ontem no STJ (Superior Tribunal de Justiça) conflito de competência instaurado para decidir sobre onde ele ficará preso. O juiz de Campo Grande, Mário José Esbalqueiro Junior, entendeu que Name não pode ficar no sistema prisional estadual. O de Mossoró, corregedor do presídio federal existente na cidade, acatou argumento da defesa de que o preso é idoso e doente e não tem autonomia para o rígido regime nas unidades mantidas pelo Ministério da Justiça. 

Argumento - O despacho do juiz de Mossoró, Walter Nunes da Silva Junior, foi justamente a novidade usada pelos defensores de Jamil Name para um habeas corpus que também começou a traminar nesta sexta-feira 13 no mesmo Superior Tribunal de Justiça. O pedido é de prisão domiciliar.

Quem decide? - O ministro Rogerio Schietti Cruz vai avaliar o pedido de liminar em favor do homem apontado como chefe de uma agência de crimes de pistolagem. O magistrado já havia recebido um pedido, em setembro, mas na época nem chegou a analisar, porque a questão não havia sido decidida ainda no Tribunal de Justiça. 

Arsenal - Sete meses depois de um dos episódios considerados importantes nas investigações contra a milícia armada alvo da Operação Omertà, estão chegando à Justiça as perícias nos armamentos aprendidos no dia 19 de maio com o ex-guarda civil Marcelo Rios, preso desde então. Os exames foram feitos pela Polícia Federal.

Geografia - Os laudos atestam o tipo de arma e munição encontradas, a origem, e se estava tudo "apto" a ser usado. Também há indicação do valor de mercado. Conforme os documentos já anexados ao processo, o arsenal tinha armamento brasileiro, mas muita coisa vinda irregularmente de fora do País, com origem na Rússia, nos Estados Unidos, na Espanha, na Coreia do Sul e na República Tcheca.

Balanção - Na segunda-feira, a Fiems faz um balanço longo de atividades. Vai apresentar os resultados do setor industrial dos últimos 10 anos, além da projeção até 2023 sobre PIB, exportações e empregos.

Repartindo o bolo - O presidente Bolsonaro vetou a divisão de 100% dos lucros do FGTS, mas os trabalhadores podem garantir 50% dos ganhos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. O anúncio foi feito ontem pela Presidência da República. O problema é que o índice dependerá das condições financeiras do fundo.

 

 

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