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Governo dá 480 mil para cachês de Corumbá e ignora Bonito

Por Anahi Zurutuza, Gabriela Couto e Caroline Maldonado | 26/10/2023 06:00
Festival América do Sul acontece há 17 anos em Corumbá (Foto: Prefeitura de Corumbá/Divulgação)
Festival América do Sul acontece há 17 anos em Corumbá (Foto: Prefeitura de Corumbá/Divulgação)

Dois festivais, duas medidas – Enquanto o Governo de Mato Grosso do Sul vai investir R$ 280 mil em um único show do Festival América do Sul, em Corumbá, quase que o 1º Festival de Cinema Sul-Americano de Bonito ficou sem verba. Oficialmente, não há nada previsto para o Cinesur, apesar da logo da administração estadual estar estampada no material de divulgação do evento. A coluna apurou que o crédito foi dado pela promessa que dos cofres estaduais sairão R$ 9,5 mil, para pagar o cachê da orquestra do maestro Eduardo Martinelli – valor que será dividido entre 14 artistas.

A programação – Os dois festivais acontecem simultaneamente, no início de novembro. Para Corumbá, que estará em festa de 9 a 12, Amado Batista e Criolo são atrações confirmadas. A soma dos cachês dos dois cantores beira meio milhão. Já Bonito, entre 4 e 11, recebe amantes do cinema para a exibição de filmes inéditos produzidos em vários países sul-americanos, além de outras atrações culturais.

Apoio – O secretário de Cultura, Marcelo Miranda, alega que a 17º edição do Festival América do Sul, na “Capital do Pantanal”, é uma realização do Governo, enquanto o outro evento tem organização própria e verba federal. O recurso para promover o Cinesur veio do Ministério da Cultura, por meio de emenda parlamentar de R$ 600 mil. Afirma ainda que o Estado apoia o festival de cinema “com a parte de estrutura e alguns cachês”, embora não haja nenhuma publicação em Diário Oficial “carimbando” verba para viabilizar a programação em Bonito.

Protesto virtual – Administrativos da Educação resolveram bombardear o governador Eduardo Riedel (PSDB) nas redes sociais, para pressioná-lo a aumentar de R$ 100 para R$ 400 o vale-alimentação pago para a categoria. Dando a cara à tapa e em massa, servidores estão comentando em todas as postagens do chefe do Executivo estadual. A ideia é expor promessa feita, mas não cumprida pela administração estadual.

Cláusula retirada – A cobrança ferrenha começou logo após a aprovação do reajuste de 14,95% para os professores efetivos da rede estadual. Os funcionários que desempenham funções administrativas na educação pública juram que pés juntos que o governo havia feito compromisso de enviar a proposta de aumento do benefício no mesmo texto que previu o acréscimo salarial para os educadores. Mas, antes do projeto chegar à Assembleia, cláusula foi retirada. “Fizeram descaso da nossa classe. A escola não funciona sem nós”, reclama Laura Gabeloni, por exemplo.

No vácuo – Nenhuma resposta foi dada pelo governador aos manifestantes virtuais. A assessoria de imprensa também não bloqueou, nem excluiu os comentários. Vale lembrar Riedel nem no Brasil está. Fez viagem “misteriosa” para Estados Unidos, informando apenas que dará “continuidade nas tratativas com empresários e investidores norte-americanos sobre novos investimentos para Mato Grosso do Sul”.

Alô prefeita! – A ganhadora de um carro sorteada nesta quarta-feira (25) pelo “IPTU Dá Prêmios” recebeu ligação telefônica da prefeita Adriane Lopes (PP). Não precisava atender para receber o prêmio, mas a vencedora ficou tão emocionada e comentou que quase não atendeu a ligação. A prefeita riu e fez questão de agradecer pelo pagamento do imposto em dia. Só quem paga no prazo e levar o canhoto a urna, participa dos três sorteios anuais.

Maior desde 2020 – O campo-grandense está disposto a “torrar” dinheiro neste fim de ano. E como nunca, desde o início da pandemia. É o que aponta a pesquisa de ICF (Intenção de Consumo das Famílias) da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). Neste mês de outubro, o índice atingiu 108 pontos em Campo Grande, maior resultado desde janeiro de 2020, dois meses antes dos primeiros casos de covid-19 serem confirmados na Capital.

Segurança financeira – Para a economista da Fecomércio-MS, Regiane Dedé de Oliveira, desde junho há crescimento contínuo nas intenções de compra. A percepção tem relação com a melhora na economia de um modo geral. “Quando abrimos os dados, percebemos que há uma melhora na percepção sobre a renda atual, o que está relacionado à desaceleração da inflação”.

Desapego – Pela primeira vez, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul vai leiloar móveis e equipamentos de informática, que estão em bom estado de conservação, mas foram deixados de lado nos fóruns e outras unidades do Judiciário em Campo Grande e no interior. São caixas e mais caixas de materiais “jogados” nos almoxarifados. O TJMS ainda não detalhou valores e nem o tamanho dos lotes, mas ideia é lançar edital e coletar lances, pela internet, entre o fim de novembro e início de dezembro.

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