Marun perde vôo e não escuta indireta
Gafe – A abertura da Expogrande, na quinta-feira, além de não ter mais o prestígio de anos anteriores, quando pelo menos o Ministro da Agricultura era presença garantida, teve ainda um desconforto envolvendo o presidente da Acrissul, Jonatan Barbosa, e o ministro Carlos Marun (MDB/MS), da Secretaria de Governo da Presidência da República.
Citação– Durante seu discurso, Jonatan disse aos presentes que “pelo menos nenhum deles já havia usado tornozeleira”. Informado da frase, quando chegou ao local, Marun comentou que foi uma felicidade ter perdido o vôo, o que fez com que se atrasasse e não ouvisse a afirmação. “Seria uma indelicadeza”, definiu, entendendo a fala como algo direcionado ao ex-governador André Puccinelli, que já foi monitorado pela justiça com o uso de tornozeleira eletrônica.
Propaganda – Marun foi perguntado pelos jornalistas depois do discurso feito aos produtores, no qual voltou a falar da necessidade da reforma da previdência, que está em stand by. Também comentou que, como agora ocupa uma pasta importante, Mato Grosso do Sul tem a chance de conseguir mais benefícios do governo federal.
Esperando - O governador Reinaldo Azambuja, ao anunciar concursos para a segurança, voltou a reclamar dos gastos que o Estado tem com sete mil presos federais, condenados por tráfico de armas e drogas. Ele ponderou que a questão está na Justiça e vai ser avaliada pelo Supremo Tribunal Federal, a cargo do ministro Luiz Fux como relator.
Expectativa – A ação corre desde março de 2017. Reinaldo é otimista com o resultado. "Acho muito difícil não nos dar ganho de causa, já que não podemos pagar por este ônus que pertence a União".
Valores – No processo, Mato Grosso do Sul pede o Governo Federal repasse de R$ 10 milhões mensais para custear esses presos. O argumento apresentado é que cada um custa, mensalmente, mais de R$ 3,6 mil.
Lei é para todos - O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) comentou novamente nesta sexta-feira a determinação de prisão do ex-presidente Luz Inácio Lula da Silva. Reafirmou que a decisão do Supremo Tribunal Federal segue a lei vigente, que vale “desde o presidente até o cidadão comum”. Para Reinaldo, “se comprovadamente for condenado, precisa pagar a pena, isto demonstra o fortalecimento das instituições".
Caráter educativo - Reinaldo ainda ponderou que o combate a corrupção deve ser feito em todas as esferas, e que os gestores públicos precisam criar mecanismos de controle, para evitar e coibir esta prática. "O Brasil está combatendo a impunidade, e as decisões da instância maior do País (STF) precisam ser respeitadas".
Timing – Um fato chamou a atenção de Vinicius Siqueira (DEM) na sequência de atos voltados à extinção da ação popular que contesta a taxa do lixo no Fórum de Campo Grande. O vereador Dr. Lívio (PSDB) protocolou sua concordência com a medida às 16h, que foi incorporada ao processo às 19h28. Às 17h, o Ministério Público deu parecer, incluído no documento às 22h01.
Ibope – Siqueira se disse impressionado com a rapidez diante do fato político que dominou a quarta-feira (2): o julgamento do Supremo Tribunal Federal que negou habeas corpus ao ex-presidente Lula, e que tomou as atenções de operadores de Direito de todo o país. “Não conheço ninguém do Direito que não tenha acompanhado esse julgamento”, afirmou o vereador.
(Com Leonardo Rocha, Humberto Marques e Gabriel Neris)