Para deputados, JBS não está colaborando com CPI
Má vontade - Os deputados da CPI que apura irregularidades fiscais em Mato Grosso do Sul reclamam que a JBS está dificultando os trabalhos de investigação deliberadamente ao não entregar parte de documentação alegando que estão sob sigilo devido ao acordo de leniência com o Ministério Público Federal. Na reunião de ontem da comissão, eles aprovaram envio de requerimento ao MPF para apurar se a justificativa procede. Caso contrário, cogitam até providenciar operação de busca e apreensão dos documentos.
"Jogo de empurra" - O deputado Paulo Corrêa (PR) comentou nesta quarta-feira sobre a falta de entendimento entre prefeitura, governo e Santa Casa, em relação aos repasses mensais para o hospital, afirmando que parece a história do "deixa que eu deixo", cada um transferindo a responsabilidade para o outro. Ele espera que o novo contrato com a entidade seja firmado na semana que vem.
É importante – O colega Felipe Orro (PSDB), que faz parte da comissão de Saúde, avalia que o impasse entre os poderes é em relação a alguns milhões que podem ser acrescentados no repasse mensal. "Entendo que se trata de saúde pública, por isso defendo que os gestores públicos tenham isto como prioridade, dando o reforço extra que o hospital precisa".
Fiel da balança- O presidente da Santa Casa, Esacheu Nascimento, agradeceu aos deputados estaduais, por mediar a reunião da entidade, com o governo estadual e prefeitura. A próxima tentativa de firmar novo contrato ocorre na semana que vem, com a participação de secretários de saúde e finanças tanto do governo, como da prefeitura.
Herança - Ao discursar para empresários, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) voltou ao passado, dizendo que Campo Grande deixou de criar pelo menos 45 mil empregos. Tudo porque a instabilidade política atrapalhou o andamento de projetos de incentivo para empresas se instalarem aqui. Primeiro, lembrou do prefeito eleito que foi cassado - Alcides Bernal -, e do vice, Gilmar Olarte, que acabou saindo preso.
Sobrou pra cidade – Este contratempo de “vaidade”, segundo o prefeito, teve como consequência diversos prejuízos para a Capital. Afirmou que é por isso que notamos placas de vende-se ou aluga-se imóveis. O quadro, disse, só será mudado com “atitude” e trabalho.
Hábito – Em mais um dia de agenda, como tem sido uma tônica, os discursos do prefeito são voltados a falar de Deus, passagens bíblicas e até frases de estímulo e puxão de orelha. Ontem, ele começou sua fala dizendo que tudo que construímos hoje, vamos ter de colher amanhã, citando a famosa parábola da Bíblia.
Ganância, não- O prefeito continuou sua fala religiosa alertando “que não adianta se antecipar para ficar rico”. “Aqueles que fazem isso, devem buscar a Mega-sena ou a criminalidade”. O discurso foi direcionado a uma plateia cheia de empresários que, ou têm empresas em Campo Grande, ou interesse em se instalar aqui.
Feriadão – Os servidores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul ganharam feriadão extra nesta semana. Hoje, o TJMS só funciona até às 14h porque sediará a solenidade de posse dos aprovados em concurso do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).
"Dia da pendura" - Na sexta-feira, quando é comemorado o Dia da Instituição dos Cursos Jurídicos, mais conhecido como Dia do Advogado, não haverá expediente mesmo, como é tradição. A data, por muitos anos, ficou célebre pela prática do calote, que nos últimos anos é reprovada.
(Com Anahi Zurutuza, Leonardo Rocha e Mayara Bueno