Prefeito “tiktoker” lança próprio hit com direito a dancinha
Do Tik Tok para o Youtube – O prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro (UB), que há cerca de dois anos começou “carreira” de sucesso no Tik Tok, se cansou de só imitar as dancinhas da moda e decidiu lançar o próprio hit. O político aproveitou o feriadão para divulgar música que gravou ao lado do cantor sertanejo Loubet. No clipe de “Boiadeiro Remix”, o prefeito dança rodeado de mulheres, vestidas com botina e chapéu, que fazem coreografia com gestual típico dos que bombam na rede social.
Hilux não, Dodge Ram – A letra do tipo “chiclete”, cantada por Ferro e Loubet, diz: “não tenho fazenda, eu não tenho gado, não tenho Hilux, nem cavalo caro”. O prefeito, contudo, já esteve na mira do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) após fazer rifa considerada ilegal de um automóvel Opala 1979, que o “ajudou” a comprar uma caminhonete Dodge Ram 1500 Rebel Level 2, ano 2020/2021, pelo valor de R$ 519 mil.
De tudo um pouco – Ferro, que se autointitula “o prefeito mais louco de Mato Grosso do Sul”, tem vídeos que acumulam milhões de visualizações no Tik Tok, mas não são só as dancinhas que chamam a atenção. O prefeito aparece podando árvores em canteiro central de Ivinhema, mostrando obras pela cidade e lavando o quintal de casal. Vídeo do chá de revelação, quando avião agrícola fez fumaça rosa para anunciar a chegada da terceira filha, acumula mais de 2 milhões de views.
Farra do atestado – Um dia antes de lançar a aventura no mercado sertanejo, o prefeito, que também é conhecido como “sincerão” em lives, fez uma entrada ao vivo para dar recado aos funcionários públicos do município. Ferro anunciou que vai acabar com a jornada de 6 horas diárias e servidores passarão a trabalhar 8 horas por dia. Ele explica que denúncias motivaram o MPMS a fazer uma série de recomendações que ele vai seguir à risca.
Aviso – O prefeito alertou que “tem gente” que pode perder o cargo se continuar pegando muito atestado. Ele ainda advertiu os médicos para não darem atestado com tanta frequência. Cedidos e readaptados também voltarão às funções de origem. “Tem motorista com atestado de depressão por seis meses, mas está sempre saindo por aí, em boate, pode tomar cachaça, pode tudo. Volte imediatamente, você que está afastado por questão de saúde, na malandragem, volte para você não perder o cargo”, alertou.
Fala prefeito – Outro prefeito atuante nas redes sociais é o de Mundo Novo. Na noite de sexta-feira, em pleno feriado, Valdomiro Sobrinho (PSDB), fez live no programa chamado Fala Prefeito, transmitido pelas redes sociais. Ele apareceu com cabelo grande, óculos escuros e camiseta com a capa do icônico The Dark Side of The Moon, do Pink Floyd, estilo rocker.
Revelação – Dominando a comunicação, já que tem longa atuação como radialista, ele fez comentários, respondeu a perguntas e também falou sobre sua atuação como prefeito por quase duas horas. Disparou que ganha “18 conto por mês” e teria que ser um “cabra muito vagabundo” pra roubar e não trabalhar.
Tolerância zero – O deputado federal Geraldo Resende (PSDB) deu resposta direta e reta quando questionado por um seguidor quando assinaria pedido de abertura de CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) para apurar os atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro. “Não seja mais um traidor de Mato Grosso do Sul”, falou o internauta. O tucano, então, respondeu que não apoia “terceiro turno” promovido pela direita e esquerda. “Não te dou liberdade de chamar a mim de traidor, não tive votos da sua gente”, finalizou.
Exposed - O diálogo foi exposto pelo seguidor que quis demonstrar indignação diante da resposta “sincerona” do parlamentar. A CMPI foi proposta pela senadora Soraya Thronicke (União Brasil) e até o momento tem 255 assinaturas em todo o Congresso Nacional, dentre elas as dos deputados federais Marcos Pollon (PL), Rodolfo Nogueira (PL) e Luiz Ovando (PP), além dos senadores Nelsinho Trad (PSD) e Tereza Cristina (PP), todos declaradamente de direita.
Kinikinau – O deputado estadual José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, quer que a Ministra dos Povos Originários, Sônia Guajajara, e o Ministro das Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Rocha Santos Padilha, coloquem um membro da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul no grupo de trabalho para propor medidas resolutivas sobre a situação fundiária do povo Kinikinau. Ele fez a solicitação formal na semana passada.
