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Promessa cumprida: Lula “autografa” carne para a China

Por Fernanda Palheta, Gabriela Couto e Maristela Brunetto | 13/04/2024 07:00

Promessa cumprida - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cumpriu a promessa feita esta semana e “assinou” o primeiro carregamento de carne bovina de Mato Grosso do Sul que seguirá para a China. O petista colocou o nome dele e data desta sexta-feira, 12 de abril, em uma das caixas despachadas no evento que marca abertura do mercado chinês com a habilitação de 38 frigoríficos brasileiros.

Carne de qualidade - “Daqui a alguns dias essa carne que nós colocamos as mãos hoje vai chegar para muitos chineses, para alegria dos chineses que vão comer e para a alegria nossa, que estamos vendendo”, disse. O presidente ainda ressaltou que o país asiático está comprando proteína de qualidade. “E quanto mais qualidade a gente tiver, mais a gente vai exportar”, complementou.

História de pescador – Lula brincou no discurso não tinha mais vindo ao Mato Grosso do Sul porque o amigo, deputado estadual José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, parou convidá-lo. “Só por que me transformei no maior pescador de pintado da região de Porto Murtinho, o Zeca não me chamou mais. Eu pesquei um jau de 47 kg e era um vexame ver as pessoas pegando peixe de 100 gramas, do tamanho de um lambari”.

Peixe pequeno - Ele relembrou dos dias sem pescar nada no Rio Miranda e da dificuldade de conseguir tirar algum peixe no tamanho certo. Depois de quatro dias de pesca, teve que abrir mão do único pacu que pegou e já estava planejando cozinhar. O amigo alertou que o peixe era muito pequeno e Lula contou que devolveu o peixe para o rio. Aproveitou para brincar com o amigo Zeca. “Ele já foi quase tudo nesse Estado. Menos pescador”, brincou. O deputado tem um rancho na barreira do Rio Paraguai em Porto Murtinho.

“Do Sul” - Apesar de não errar o nome do Estado no início do discurso, Lula esqueceu de acrescentar o ‘do Sul’ ao mencionar o presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro (PP). A plateia prontamente o corrigiu e ele concordou: “Sempre tem que falar o ‘do Sul’”.

Reajuste midiático - O sindicalista Wilson Gregório, funcionário do setor de tripas da unidade JBS de Campo Grande, contou durante o discurso na solenidade presidencial, que os trabalhadores estão plena negociação salarial. Em clima despojado, em que o setor comemora a abertura de mercado para a China, cobrou um bom aumento dos patrões, que estavam sentados no palco, os acionistas Joesley e Wesley Batista. Foi muito aplaudido pela plateia formada por centenas de trabalhadores, claro.

Mais um aumento - A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, deu sua contribuição para as reivindicações da categoria. Adiantou os impactos positivos que a Rota Bioceânica trará para o setor. “Nós estamos falando em diminuir a rota em até 21 dias, o que significa que os produtos vão poder ser entregues mais baratos e obviamente lá em 2025 vocês vão poder pedir um pouco a mais de aumento para a JBS”, sugeriu a sul-mato-grossense.

Sorriso no rosto – A campanha salarial recebeu o apoio do próprio presidente, que já foi sindicalista e disse acreditar que depois de um pedido feito com “tanta alegria”, os trabalhadores do frigorífico terão suas demandas atendidas. “Tão bem soube reivindicar sem fazer cara feia, com muita simpatia. Eu acho que aquele sorriso que ele deu é o motivo pelo qual vocês vão atender a pauta de reivindicação do sindicato”, disse o petista ao som de aplausos e gritos de apoio do público.

Ex-ministra – O evento de abertura da exportação de carne para o mercado chinês contou com a presença da ex-senadora e ex-ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento durante o segundo governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), Kátia Abreu, que agora faz parte do conselho de administração da JBS.

Não estava lá – O presidente Lula cumprimentou a maior parte das autoridades políticas presentes no evento. Até quem não estava lá. O deputado federal Beto Pereira (PSDB) foi citado pelo cerimonial e nominado pelo petista em seu discurso, porém de acordo com a assessoria do parlamentar, estava sendo representado pelo colega de bancada, deputado federal Vander Loubet (PT). Quem comprovou a ausência do parlamentar foi o governador Eduardo Riedel, que não mencionou o amigo tucano em sua fala.

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