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Jogo Aberto

Protesto inclui medo de comunistas e nojo de índio

Waldemar Gonçalves | 30/09/2016 06:00

Comunista? – A frustrada manifestação de fazendeiros em Campo Grande, ontem, só não foi menos expressiva que o nível intelectual de alguns de seus integrantes. Durante o protesto, uma produtora rural abordou a reportagem do Campo Grande News perguntando se a repórter era comunista. “A gente sabe que jornalista é de esquerda e se você for de esquerda, eu nem dou entrevista”, disse a fazendeira.

Nojo de índio – Outra manifestante também não escondeu nutrir certo asco pelas etnias indígenas de Mato Grosso do Sul. Ao passar na frente do Museu Dom Bosco, conhecido como Museu do Índio, no Parque das Nações Indígenas, ela exclamou: “aqui é o Museu do Índio, né? Eca!”

Condolências – Na sessão de ontem da Câmara, foi realizada uma moção de pesar encaminhada à vereadora Carla Stephanini (PMDB) e familiares pela morte do irmão dela, o advogado Fabiano Jacobina Stephanini, filho do desembargador aposentado do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) Carlos Stephanini. Fabiano faleceu na quarta-feira, após ser internado devido a uma meningite aguda.

Embate – A três dias das eleições, o clima de disputa esteve presente na casa de leis. A vereadora Luiza Ribeiro (PPS) resolveu demonstrar sua “decepção” com a classe política e atacou um dos candidatos a prefeito apontado como funcionário fantasma na Assembleia Legislativa. Segundo ela, esta situação “desmoraliza e ofende a função pública” e o candidato deveria abrir mão do cargo.

Contra-ataque – O vereador Francisco Almeida Telles, o Chiquinho Telles (PSD), defendeu o candidato. Disse que neste período eleitoral acontecem acusações “de todos os lados, nem todas verdadeiras”. E citou ataques ao candidato do mesmo partido de Luiza Ribeiro que, segundo o vereador, provavelmente também são mentirosos.

Protesto – No fim da sessão, um cidadão, que dizia fazer um protesto “apolítico”, pegou um galão de água e lavou as escadas na entrada da Câmara Municipal de Campo Grande, pois ela precisava ser “limpa dos políticos corruptos”. Disse apenas seu nome e não quis dizer se tem vínculo com algum partido. De acordo com o sistema Divulgacand, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), trata-se de Euripedes Antônio, candidato a vereador na Capital pelo PT.

LED pendente – À noite dá para notar a diferença, mas o futuro ainda está incerto. Trata-se da instalação de lâmpadas de LED na iluminação pública de Campo Grande. O assunto, que envolve R$ 33 milhões, está pendente no Tribunal de Contas. A Prefeitura tenta provar à corte que não há irregularidades no processo licitatório.

Votação paralela – O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) fará amanhã cedo o sorteio das urnas que serão usadas na auditoria de funcionamento dos aparelhos durante a eleição deste ano, por meio de uma votação paralela. Serão sorteadas três urnas.

De helicóptero – Um detalhe: a PRF (Polícia Rodoviária Federal) dará suporte à justiça eleitoral no transporte até Campo Grande, de helicóptero, da urna do interior do Estado que será sorteada.

‘O cara’ das pedaladas – Júlio Marcelo de Oliveira, procurador do Ministério Público de Contas, responsável pela apuração dos dados na análise que culminou no processo que identificou as ‘pedaladas’ da gestão de Dilma Rousseff (PT), estará em Campo Grande nesta sexta. Fará palestra na aula inaugural do curso de pós-graduação do Tribunal de Contas do Estado.

(com Anahi Zurutuza e Richelieu de Carlo)

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