Ruas vivem calmaria atípica em período eleitoral
Renda extra limitada – Muitas pessoas esperam o período de eleições para conseguir um dinheiro extra sendo cabo eleitoral de candidatos. Entretanto, o que se observa nas ruas é um número reduzido de pessoas entregando “santinhos” ou fazendo campanha. O número de contratados caiu. Danilo Roberto, por exemplo, coordenador da equipe de campanha de Athayde Nery (PPS), estima que esta queda em 2016 seja de 60% em relação a eleições anteriores.
Tranquilidade – Esquina da rua Padre João Crippa com a avenida Afonso Pena, quase 9h de sábado (10) e a equipe de campanha de Athayde se preparava para a panfletagem, marcada para 8h, a primeira entre candidatos que fariam campanha no centro naquela manhã. A três semanas do dia de votação o clima era de total tranquilidade, o único som mais alto é do trânsito fluindo.
Rotina inalterada – Trabalhadores do Centro de Campo Grande se dizem satisfeitos com a paz atípica para um período eleitoral. Ao serem perguntados sobre a nova rotina das eleições, de silêncio e menos “algazarra”, alguns dizem aprovar as medidas que levaram a essa situação.
Cidade limpa – O que mais chama a atenção e surpreende a população é limpeza nas ruas mais movimentadas da região central. No lugar de um amontoado de material de propaganda de candidatos, o máximo que se vê é um ou outro santinho ou panfleto jogado no chão, nada diferente de dias normais.
Restrições eleitorais – As novas medidas, com aprovação do eleitor, trazem dor de cabeça aos coordenadores de campanha. Nos pontos com maior aglomeração de cabos eleitorais e pedestres, fica evidente a preocupação dos organizadores em evitar som alto e obstrução na passagem nas calçadas.
Todo cuidado é pouco – A preocupação é tanta, que em alguns momentos beira a obsessão. No sábado, enquanto candidato tirava fotos e cumprimentava eleitores, a coordenação de campanha pedia veementemente para que as imagens não fossem registradas dentro de um posto de combustível.
Conselho de irmão – Do advogado e ex-deputado federal Fábio Trad, ontem no Facebook. “Conselho ao meu irmão Marcos: não deixe que as agressões covardes que lançam sobre você tirem a sua concentração nas propostas que vão tirar Campo Grande dos buracos. Ouvidos, só para ideias e propostas. Campo Grande precisa de um cara preparado e competente como você. Irmão, Deus o abençoe!”
Fracasso de crítica – Marcelo Heitor, o sobrinho de Zeca do PT que surfa em uma estranha onda de sucesso para tentar chegar à Câmara Municipal de Campo Grande, foi tema de reportagem da revista Veja. Segundo a publicação, o “fanático devoto do PT”, estranhamente, sequer é candidato pela legenda, lançando-se pelo PC do B. O colunista Augusto Nunes também o classifica como “sucesso de público e fracasso de crítica”.
PMDB no interior – Quem vê o PMDB sem candidato em Campo Grande pode não imaginar, mas a campanha do partido no interior de Mato Grosso do Sul tem sido intensa. Sexta-feira, por exemplo, as atividades foram em Porto Murtinho, inclusive com a presença do ex-governador André Puccinelli. No sábado, algumas lideranças, como os senadores Waldemir Moka e Simone Tebet, e o deputado estadual Marcio Fernandes, já faziam campanha em Antonio João.
Sem defesa – O ex-vereador Delei Pinheiro (PSD) argumenta que não teve condições de se defender no processo, em 2013, já que foi julgado com outros dois ex-parlamentares e não conseguiu desmembrar a ação, que resultou na perda de seu mandato. Promete seguir lutando para manter seu projeto de reeleição.
(com Richelieu de Carlo e Mayara Bueno)