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Sindicalista quer caos em sala de aula, ataca procurador

Waldemar Gonçalves | 06/06/2017 06:00

Me deixem falar – O posicionamento de professores, contrário ao projeto que leva seu nome, incomodou o procurador de Justiça Sérgio Harfouche. Ele foi impedido de se pronunciar em evento da ACP (Sindicato os Profissionais da Educação Pública em Campo Grande), na manhã de ontem, o que motivou críticas à entidade horas depois.

Desculpa para não dar aula – “Professor tem de dar aula. Se teve problema com o aluno, tem de passar para direção e continuar dando aula. Agora, tem aqueles, principalmente aqueles que têm tempo para fazer piquete contra o nosso projeto, que quer que a sala vire o caos mesmo, para não dar aula”, disse ele ao Campo Grande News, à tarde.

Algo a mais – O procurador segue em defesa do projeto de lei estadual que leva seu nome e, em Campo Grande, está em vigor desde 2015. “(A lei) já virou rotina, não tem segredo. No lugar de ficar só advertindo, um menino que quebra uma vidraça e bate no colega precisa de algo novo, algo a mais que advertência. E isso é feito com a anuência dos pais”, diz ele.

Papel da escola – Para Harfouche, cabe às escolas cuidarem dos seus alunos. “Cada escola tem sua autonomia de acordo com o regimento escolar. Para promotor se meter pouco, juiz se meter nada, policial só em situações extrema”, analisa.

Superficialidade – O deputado estadual Pedro Kemp (PT), que estava ontem no sindicato quando o projeto era discutido, vê superficialidade na abordagem. Segundo ele, seria interessante que profissionais envolvidos no dia-dia da escola, como professores e diretores, se aprofundassem sobre a proposta, “até para base de debate”.

Nem leram – Neste ponto, pelo menos, procurador e deputado concordam. Harfouche avalia que muitas críticas ao projeto são apenas do que se ouviu falar, sem qualquer leitura ou estudo da proposta.

Deixa para lá – O petista, no entanto, descarta uma reunião privada com Harfouche para conversarem sobre o texto. Segundo ele, este encontro “dificilmente vai acontecer”.

ECA não resolveu – Harfouche ainda tem mais um argumento para combater quem combate sua proposta. Os contrários citam o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), diz ele, mas se esquecem de dizer que, mesmo com o estatuto, a violência nas escolas não diminuiu, mas aumentou.

Só pra descontrair – Sábado deve ser dia de muita alegria e descontração na 5ª Feijoada Tamojunto. Coincidência ou não, o evento será animado pela bateria do Salgueiro, escola de samba de coração do secretário estadual de Administração, Carlos Alberto de Assis, que também usou o #tamojunto na campanha tucana de 2016.

Prefeita saiu do grupo – Adicionada em um grupo de WhatsApp que reúne moradores, chamado "Boca no Trombone", a prefeita de Dourados, Délia Razuk (PR), saiu rapidinho, sem postar qualquer frase. Antes, porém, teve que ler algumas críticas, principalmente por causa da buraqueira da cidade.

(com Anahi Zurutuza, Leonardo Rocha e Helio de Freitas)

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