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Sob holofotes, CPI da Vacina mira assessores de Bernal

Waldemar Gonçalves | 11/06/2016 07:00

CPI bem acompanhada – Equipe de filmagem, fotógrafos e assessores da Câmara Municipal acompanharam vereadores em visita nesta sexta-feira (10) à 1ª Delegacia de Polícia para denunciar a venda de vacinas em Campo Grande. Pelo jeito, a CPI da Vacina pode culminar num polêmico longa metragem.

Sem costume – Um dos delegados disse não estar acostumado a todo aquele movimento, alegando que o trabalho da polícia não é político. Na porta da delegacia, ao avistar tanta gente, incluindo também equipes de duas emissoras de TV e pelo menos três jornais, um cidadão que chegava para registrar um boletim de ocorrência perguntou: "é greve?".

Comércio ilegal – Na ocasião, o presidente da CPI, vereador Marcos Alex (PT), disse ter recebido a denúncia sobre a venda de doses da vacina contra a gripe por R$ 40. Já na Câmara Municipal, circula uma conversa de WhatsApp dando conta que haveria até "pacotes" de vacinação, com preços que variavam de R$ 250 a R$ 500 por família a ser vacinada, sem limite de pessoas.

Caso de polícia – Na próxima terça-feira (14), uma assessora do prefeito, Alcides Bernal (PP), deverá comparecer à delegacia para explicar sobre doses de vacinas aplicadas no primeiro escalão da Prefeitura. Conforme o delegado que investiga o caso, no mesmo dia também será ouvida a responsável pelo setor de vacinação do município, sobre o sumiço de 32 mil doses.

Agradecido – O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) agradeceu a recepção que teve em Campo Grande, principalmente das pessoas que foram no aeroporto esperar sua chegada. Relembrou, mais uma vez, que morou durante quatro anos em Nioaque e que fez muitas amizades.

Soldados – Bolsonaro não se intitula salvador da pátria, mas diz que, junto com Coronel David, deputado estadual pré-candidato a prefeito, serão dois soldados a serviço de Campo Grande e do Brasil. O deputado federal esteve na Capital para lançar a candidatura do correligionário, que já foi comandante da PM.

Respeitar as crianças – Bolsonaro voltou a citar que lutou contra a ideologia de gênero na Câmara Federal, em relação às escolas, já que, na opinião dele, é preciso respeitar as crianças na sala de aula. “A nossa casa e a escola têm papel na formação do caráter das pessoas, não perseguimos ninguém, as pessoas podem ser felizes da forma que quiseram, mas precisamos respeitar as crianças”.

David & Messias – O presidente municipal do PSC, Jaber Cândido, terminou discurso no evento com David e Bolsonaro dizendo que o pré-candidato do PSC na Capital, assim como na Bíblia, também ganharia dos gigantes em Campo Grande. Bolsonaro aproveitou para completar a frase dizendo: “se ele é o David, eu sou o Messias”. Só lembrando: o nome completo do polêmico parlamentar é Jair Messias Bolsonaro.

Inelegíveis – O TCU (Tribunal de Contas da União) divulgou a lista atual dos gestores públicos considerados inelegíveis. São 114 de Mato Grosso do Sul, entre eles Flávio Britto, atualmente com cargo no governo do Estado. Marido da vereadora Luiza Ribeiro (PPS), ferrenha defensora do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), Britto tem problemas por conta do tempo em que comando a Funasa (Fundação Nacional de Saúde) no Estado.

Burocratizar é preciso – Você pode simplificar, mas complicar parece muito mais interessante para assessores do Governo do Estado. A Subsecretaria de Comunicação resolveu abrir credenciamento de imprensa para uma solenidade de assinatura de emendas parlamentares. Não que o evento seja irrelevante, está longe de ser grandioso ao ponto de exigir tamanha burocracia.

(com a redação)

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