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Vereador compara Dilma a Bernal, que não deixa barato

Waldemar Gonçalves | 20/04/2016 06:00
Policiais em operação que busca ladrões de banco no norte de MS posam para foto (Foto: Reprodução / Facebook)
Policiais em operação que busca ladrões de banco no norte de MS posam para foto (Foto: Reprodução / Facebook)

Dilma e Bernal – “Um deputado do PP disse que Dilma não merece permanecer no cargo e agora eu digo: quem não merece o progressista Bernal na prefeitura somos nós”. A frase foi uma das proferidas ontem pelo vereador Mario Cesar (PMDB), ex-presidente da Câmara da Capital e investigado na Operação Coffee Break, em discurso contra o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP).

Sem aprovação – Mario Cesar utilizou seu tempo de palavra na sessão de ontem, de sete minutos, e também o de vários outros vereadores para atacar a gestão de Bernal, o que não chega a ser novidade na relação entre o prefeito e o parlamento. O detalhe ficou por conta de o peemedebista traçar o paralelo do pepista com a petista. Segundo ele, a cassação de Bernal teve muito mais lisura e transparência, com bases fortes e dados da CPI do Calote apontando crimes na gestão.

Parece o Cunha – Bernal não perdeu a chance de responder ao parlamentar. “Ele tem razão quando fala que (a cassação do prefeito) parece com o processo de impeachment. A começar por ele, que parece com o Cunha, até o sotaque é igual, a voz é idêntica. O modus operandi nem se fala”, retrucou. Ainda segundo o pepista, a declaração do vereador “é uma falha porque é um atestado de culpa, uma confissão”. “Mas temos que acreditar e apoiar os órgãos competentes, que vão colocar todos esses bandidos na cadeia”, finalizou.

Colhendo – Na Assembleia Legislativa, a votação contra Dilma, no domingo, também repercutiu ontem. O deputado estadual Zé Teixeira (DEM), por exemplo, disse que a presidente “está colhendo o que plantou”, pagando o preço de muitas promessas que não foram cumpridas. Ainda lembrou que ela estava no governo durante os escândalos do mensalão e petrolão.

Despreparados – Para Zé Teixeira, “a população não acredita mais nela”. O demista ainda criticou a postura dos deputados durante a votação, alvo de muitas críticas principalmente nas redes sociais. “Muitos se mostraram despreparados e com discursos agressivos”.

Malvado favorito – Ainda na sessão de ontem, o deputado estadual Amarildo Cruz (PT) criticou as pessoas que estão elogiando Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o presidente da Câmara dos Deputados, apesar de reconhecerem que ele está envolvido em casos de corrupção. “Muitos até citam que ele é um malvado favorito e que ainda foi brilhante na condução do impeachment. Essas pessoas falam por elas, mas não por todos”.

Expulsão – O presidente de honra do PDT em Mato Grosso do Sul, João Leite Schimidt, aprova a expulsão dos seis pedetistas que votaram a favor do impeachment de Dilma, contrariando a orientação nacional da legenda. “Como alguém filiado a um partido de esquerda, como é o nosso, vota a favor do impeachment?”.

Disciplina – Ainda segundo Schimidt, os votos do PDT favoráveis ao impeachment foram motivados por questões pessoais. “Havia pré-candidato gaúcho a prefeito que, se votasse contra o afastamento, achou que perderia votos. Então que mudasse de partido”, enfatizou. Para ele, “todo partido precisa de disciplina, e não foi o que aconteceu”. Após a expulsão, os parlamentares não terão legenda para concorrer nas próximas eleições.

Mais policiais – Mais policiais nas ruas é o principal pedido das pessoas, disse ontem o secretário estadual de Segurança Pública, José Carlos Barbosa, durante discurso na entrega da Medalha Tiradentes. Segundo ele, para a população, é a presença da polícia que gera mais sensação de segurança. “Apesar do momento de dificuldade o nosso governo vai avançar em número de efetivo, equipamentos e estrutura para combater a criminalidade”.

Pausa para a foto – Policiais ainda não prenderam suspeitos de explodir um banco em Sonora, na região norte do Estado. Mas, tiveram tempo de posar para fotos, que foram parar no Facebook. Enquanto isso, os ladrões já devem estar bem longe com os cerca de R$ 1 milhão levados.

(com a redação)

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