Casa de pianista tem decoração clássica e quarto ainda é de princesa, todo rosa
"Tem gente que chega na minha casa e brinca que eu vivo dentro de um museu", diz a proprietária.
Na casa da pianista e advogada Anahi Ortale, a decoração parece ter parado no tempo, mas sem perder a personalidade. Sala, cozinha, quartos e até banheiros são cheios de mimos antigos e com uma decoração clássica, o estilo da dona.
"Tem gente que chega na minha casa e brinca que eu vivo dentro de um museu. Tudo aqui é antigo, não gosto de nada novo. Essa nova arquitetura não me conquista". Tanto o piso de ardósia, preservados do projeto original, quanto os lustres instalados na sala, trazem à tona uma atmosfera mais clássica que contrasta com os pilares de concreto deixados à mostra.
No mesmo endereço há 22 anos, na Vila Planalto, cada cantinho tem uma peça que Anahi trouxe das viagens.
A paixão pelo mobiliário antigo surgiu com a música. "Sou formada em piano, dei aula muitos anos e com a música, uma coisa vai levando a outra. Comprei um piano antigo, depois uma peça aqui e outra ali. De repente, fui deixando a casa do jeitinho que eu gosto. Com um acabamento mais antigo, do tempo dos meus pais", lembra.
O sonho de transformar a decoração começou pelo quarto, no segundo andar da casa, onde a presença dos tons de rosa é marcante nos objetos decorativos, na roupa de cama, papel de parede e porcelanas. O gaveteiro posicionado na frente da cama complementa o aspecto clássico, todo em madeira, comprado em um dos antiquários de São Paulo. Há ainda obras de arte, penteadeira, espelhos, criado mudo, com desenho no estilo Luiz XV.
"Eu fui comprando tudo quando me casei. Algumas coisas eu também mandei fazer e depois mandei pintar o quarto de rosa. Eu gosto de coisas mais coloridas e achei que nem tudo ficaria bem no branco. Mas o rosa trouxe uma delicadeza", explica.
O clima diferente vem do som que ecoa da caixinha de música, de porcelana, com carrossel. Uma preciosidade no quarto de Anahi, comprado durante uma viagem à França.
Na sala, não é diferente. Tem móveis antigos por todo lado e até o cheiro do ambiente prova que o mobiliário existe há muito tempo. Bem organizados, cada peça é guardada com delicadeza por Anahi, que admite que ter uma casa com tantos detalhes antigos exige paciência.
"Não é fácil, principalmente para manter tudo limpo e brilhando. Sem contar que é preciso muita atenção para que não quebre nada. As pessoas até perguntam porque eu não mudo, mas não faria parte da minha personalidade. Eu posso até repaginar a casa, mas tenho que manter a mesma época".
A paixão dentro da sala é o piano, Essenfelder, que pertence a família há 25 anos. "Dei aula com esse piano durante muitos anos. Na verdade eu tinha três, até 1993, quando fui dona de uma loja de música na 13 de Maio. Quando fechei acabei vendendo dois e fiquei com esse, meu xodó", mostrando o instrumento brilhoso, ao lado de um caderno antigo de notas do pianista Chopin, inspiração de Anahi.
Alguns móveis, Anahi conta que vieram de mansões de São Paulo comprados em antiquários, depois que a arquitetura moderna passou a tomar conta dos espaços. "Pelo menos é o que sempre me falaram, famílias tradicionais iam se desfazendo dessas peças. E sempre que chegava uma novidade, eu ficava apaixonada. Se eu pudesse teria muito mais".
Na casa ela vive com as filhas, 5 gatos e 8 cães. E como a paixão pelo retrô não se restringe apenas a decoração, a pianista decidiu investir há três anos em um brechó no Centro da cidade.
Confira outros detalhes e objetos da casa na galeria de fotos.
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