Quintal colorido é contraste em lugar feito de dezenas de barracos
Alice transformou espaço composto por solo arenoso em jardim para suas flores
Um portão cinza se tornou verde com branco e o solo amarelo que compõe as ruas e terrenos da favela Homex ganhou cores no quintal de Alice Gonçalves de Oliveira, de 42 anos. Morando na região do Centro Oeste há dois anos, ela conta que o espaço é seu orgulho, já que sempre sonhou com um jardim florido.
Quando chegou à casa, o espaço era composto por algumas vegetações e restos de construção. Alice conta que, aos poucos, conseguiu fazer uma limpeza e dar início ao projeto com cores.
Procurando por ideias na internet, a moradora encontrou modos de reutilizar garrafas plásticas e assim, delimitou os espaços em que iriam receber as flores. "Tive a ideia de fazer uma cobertura no meio também, então, peguei alguns materiais e construí”, diz.
Sem manter apenas uma linha temática com as plantas, ela passou a pedir mudas enquanto andava pelos bairros, conseguindo deixar a área variada. “Plantei de rosa até erva cidreira aqui e fico com muito orgulho do que conquistei. Sempre fui apaixonada por planta e ainda tenho muita coisa para melhorar aqui.”
Além da área externa, Alice detalha que vem fazendo melhorias na casa com ajuda de seu marido, que é pedreiro. Outro modo de ir conseguindo novos produtos tem sido o recebimento de doações, “eu vou ganhando uma janela diferente, outra decoração também. Aí, deixo mais bonito e uso tanto fora quanto dentro de casa”.
Feliz com a realização de seu sonho, a moradora diz que apenas o preconceito por morar em uma área de favela tem gerado incômodos.
“Eu tenho muito orgulho do que conquistei e não tenho vergonha de morar aqui de jeito nenhum. Na verdade, eu tenho mais orgulho do que vergonha, mas nem todo mundo entende isso”, conta.
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