Almir Sater e Renato Teixeira lançam sequência "+AR", com 10 canções inéditas
CD foi gravado pela Universal Music e está disponível para venda física e em formatos digitais
A dupla simbolo da música raiz no Brasil, Almir Sater e Renato Teixeira lança hoje disco novo, “+AR”, sequência do trabalho lançado em dezembro de 2015, o “-AR”, que conquistou o prêmio de "melhor álbum de música de raízes brasileiras", na 17ª edição do Grammy Latino. É mais uma leva inédita da dobradinha que já rendeu clássicos como “Tocando em Frente” (1990) e “Um Violeiro Toca”,
Com 10 faixas, escritas e compostas pela dupla, os violeiros mais famosos do Brasil provam que continuam com suas raízes bem embrenhadas na música sertaneja “raíz”. Na lista há "Flor do Vidigal", "Assim os dias passarão", "Venha me ver", "Touro mocho", "Quando a gente chama", "Vira caipira", "Eu, você e um violão", "O mascate", "Minas é logo ali", "Festa na floresta".
Muitas dessas produções tem potencial para se tornarem imponentes figueiras, segundo Sater em um do depoimentos no encarte do disco. "Suas raízes de tão entranhadas na terra, não permitirão jamais que a árvore seja derrubada pelos ventos do modismo".
A nova produção pode ser ouvida em plataformas digitais, em serviços de streaming, como o Spotify, e foi lançada também como disco físico pela gravadora Universal Music. O disco está sendo vendido a R$ 24,90 aqui.
A primeira faixa, "Flor do Vidigal", fala de elementos da natureza em uma canção leve, com versos como "A lua passeia no morro do Vidigal, ela se penteia, no rancho do seu quintal" e "Vento leva, vento traz, no balanço dos coqueiros, palmeiras imperiais".
"Os dias assim passarão" mistura o folk regional com uma guitarra mais presente. A letra reflete sobre o fugacidade do tempo, sobre a morte de um amigo próximo e sobre as novas gerações que ainda virão, repleta de novos questionamentos.
Já "Touro Mocho" conta a história de um rapaz do campo, que trabalha, e muito, fora da cidade, mas que também tem tempo para namorar seu amor. Os versos "mau amanheceu, o galo já cantou, saio de mancinho, nem acordo meu amor, vou tirar o leite, vou tocar o boi, faço meu serviço, nada deixo pra depois" foram combinados com uma melodia característica da dupla.
A última faixa, "Festa na Floresta", tem uma pegada mais infantil. Narra uma festa com todos os bichos no meio do mato, onde é proibida presença do "bicho homem". O refrão faz uma ode às florestas brasileiras com o verso "e a festa rola na floresta inteira, da Serra da Cantareira à Amazônia e Pantanais", sobre a Cantareira que por muito tempo foi morada de Renato e Pantanal que ainda hoje é refugiu de Almir.