Após escrever romance, Isabel trouxe história para o mundo real
Esquetes serão apresentadas pela primeira vez neste sábado (22) em conjunto ao lançamento do livro
Depois de passar seis meses escrevendo um romance de época, Isabel Fiorese decidiu que iria trazer seus personagens ao mundo real. Sem se contentar com as páginas textuais, a autora escolheu um elenco e passou mais quatro meses ensaiando para lançar “As Duas Vidas de Celeste” neste sábado (22).
Explicando sobre a ideia de unir livro e teatro, Isabel comenta que passou a imaginar como seria ver seus personagens ganhando vida. “Com a história para o livro pronta, eu não queria fazer um lançamento comum, queria fazer uma coisa diferente. Então, imaginei que se apresentasse esses trechos para as pessoas, elas se sentiriam mais motivadas a conhecer a história inteira”.
Ao lado de outros atores, Isabel também fará parte das esquetes e explica que o processo para encontrar o elenco foi interessante. “Como eu também sou a autora, ficou fácil colocar a personalidade de cada um no elenco porque eu conhecia profundamente os personagens do romance”, diz.
Ainda explicando sobre a parte teatral, ela narra que escolheu cologas que tinham o perfil dos personagens. E, por também integrar o elenco, será Isaura, a mãe de Celeste.
Em relação à história do romance, a autora explica que a obra se passa no século 18 e também no século 20. Nesses dois períodos, personagens de uma família se cruzam a partir da inspiração na doutrina espírita.
Para Isabel, a narrativa fala sobre como atitudes plantadas em outras épocas podem refletir o presente. “As pessoas trazem dentro de si o que construíram durante a existência do espírito imortal. Como cada uma lida com esses aprendizados reflete se isso se tornará uma coisa positiva ou negativa, aprendendo com seus erros e acertos e evoluindo sempre”, pontua.
Dando mais detalhes específicos, ela explica que o romance conta sobre a trajetória de uma família que viveu no século 18. Na época, o patriarca era um coronel proprietário de uma usina de cana-de-açúcar e possuía mão de obra escrava.
Dois séculos depois, seguindo a narrativa, essa mesma família reencarna com alguns dos antigos escravos. “Fui criando os personagens e fiquei pensando como seria se eles tivessem se conhecido em outra vida”, conta Isabel.
Ao todo, a escrita durou cerca de seis meses e, depois do livro pronto, mais quatro meses de ensaios foram investidos para a parte do teatro até chegar o momento do lançamento.
Além de ser apresentada neste sábado, a autora também está em negociações para levar as esquetes até Três Lagoas, Dourados e Bonito.
Já sobre sua relação com a escrita, Isabel detalha que começou a escrever há cerca de quatro anos entre poesias, crônicas e o primeiro romance. "Já escrevi três livros de minha autoria e participei de 5 coletâneas. Eu trabalhei 20 anos como psicóloga organizacional, aposentei em 2018 e resolvi estudar teatro. Em 2020, fui convidada a entrar na Academia Feminina de Letras e Artes, e motivada pelas colegas escritoras decidi me aventurar no mundo das letras".
Para quem quiser acompanhar a estreia e garantir a primeira apresentação, o evento será hoje (22), a partir das 19h. Todo o processo será apresentado no Espaço SAE localizado na Rua Laguna, número 83.
O evento será gratuito, entretanto é necessário retirar os ingressos previamente na Livraria Arquitécnica.
Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial, Facebook e Twitter. Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui).