Em dia de arte, Parque Ayrton Senna ganha nova vida com graffiti
Passando diariamente pelo parque, professor notou que espaço poderia ser transformado com as cores
Acostumado a passar pelo Parque Ayrton Senna, o professor Michael Douglas Gomes dos Santos se cansou de ver as paredes sem vida em alguns espaços. Reunindo amigos que trabalham com grafitti, decidiu promover uma ação solidária e dar nova vida aos muros do local de forma voluntária.
Sem precisar de um evento ou algo grandioso, Michael comenta que mora próximo ao parque e utiliza as quadras para jogar basquete. Vendo que diversos locais estavam ficando degradados, pensou que poderia colocar a paixão pelo grafitti em prática mais uma vez.
“Primeiro, pedi para pintar no espaço que tem um corredorzinho e o diretor autorizou. Conversando vi que tinha uma outra parte com muro bem longo, então comuniquei sobre e chamei uma galera que a gente costuma pintar junto”, explica o professor.
Ao todo, 18 artistas se mobilizaram em conjunto a Michael para fazer as artes e não receberam nenhum apoio externo para isso. Tendo em mente que a atividade poderia mudar o espaço, o grupo aceitou, comprou os materiais e se dirigiu para o parque.
De acordo com Michael, o grafitti é sua forma de revitalizar locais e, inclusive, possui um projeto destinado para esse tipo de ação. “É para pegar locais degradados pelo tempo ou locais com muita poluição e revitalizar com arte”.
Por enquanto, as mudanças provocadas pela técnica são realizadas de tempos em tempos, conforme surge a disponibilidade tanto do professor quanto dos colegas que também apoiam a ideia.
Isso porque apesar do grupo gostar de se mobilizar e, em geral, não negar o desafio, é necessário investir para que a estratégia funcione.
Michael comenta que observando o cenário campo-grandense, ainda falta muito apoio quando o assunto é grafitti. E, para ele, o fato desse tipo de arte não estar em alta no sentido de valorização é um assunto complexo.
Envolvido no movimento, o artista comenta que as pinturas feitas em grafitti se ligam diretamente à necessidade da população, “mas é a arte que menos tem valor. Sempre temos que correr atrás de nos apoiarmos”.
Confira a galeria de imagens:
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