Exposição gratuita em museu traz cores, histórias e mistérios da Índia
A exposição permanece até o dia 30 de julho, no Museu da Imagem e do Som de MS
No próximo sábado (15) a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul abre às 14h, a exposição Marco visita o MIS com o tema “Índia 3D – irRealidades Construídas” do artista Luciano Alarkon com cores, história e mistérios da ìndia.
Como filho de um fotógrafo apaixonado pela cultura indiana, desde muito jovem, Luciano ficava encantado com as imagens publicadas nas revistas e livros comprados por seu pai, em especial, a produção do fotógrafo estadunidense Steve McCurry que se tornou sua referência fotográfica em relação à Índia.
Anos depois, já como fotógrafo e professor de fotografia, Alarkon foi convidado para uma residência artística na Sanskriti Foundation em Nova Délhi. Então, em maio de 2015, com seu equipamento e referências construídas através de fotografias, filmes e livros produzidos por ocidentais, ele pôde ser sua própria referência na construção da sua Índia, agora já não mais idealizada, mas realizada, explica o fotógrafo.
Nesse momento, ele percebeu que pouco poderia capturar que já não tivesse sido feito e que tudo que entendia da Índia não passava de uma visão pálida construída por diversas visões que assimilou. Então, resolveu experimentar o que vinha pesquisando no Brasil e que o remetia à infância: as imagens anaglifas – ou estereoscópicas – publicadas em livros de estórias e que criavam a ilusão de profundidade e tridimensionalidade.
As imagens da exposição, mostram o que Luciano Alarkon viu e registrou através da câmera fotográfica, preparada para a captura estereoscópica, mas também enganam o expectador que, ao usar os óculos 3D, tem a sensação de que, aos poucos, as imagens saltam da tela ao ganharem profundidade.
Essa ilusão inocente e divertida provoca no visitante um sério questionamento: pode-se confiar em tudo que se vê nessa era de mídias sociais? A imagem, de fato, sempre mostra uma verdade? Sabe-se que não e, cada vez mais, deve-se estar atento às mensagens das imagens. Para estar atento, deve-se ter tempo. Por isso, o convite desta exposição, ao colocar os óculos, é que o visitante deixe seus olhos se acostumarem com a imagem. Sem pressa. Cada um tem um tempo para assimilar e visualizar a ilusão causada por uma imagem estereoscópica.
A exposição permanece até o dia 30 de julho das 8h às 17h, no Museu da Imagem e do Som de MS, na Av. Fernando Corrêa da Costa, 559, 3º andar.
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