Grupo lança projeto "ARduaRÀ", som que harmoniza MPB e eletrônico na dose certa
O projeto que nasceu em Campo Grande é de Música Popular Brasileira Futurista.
Como será a música no futuro? A resposta surgiu em ''ARduaRÀ'', diz o cantor Begèt De Lucena, que é pernambucano, mas abraçou Campo Grande há 17 anos. Desta vez, diferentemente de seus outros trabalhos, o vocalista propôs a inserção da música eletrônica flertando com a MPB. O projeto novo foi lançado há poucos dias por ele, ao lado dos músicos Felipe Ceará e Julio Queiroz.
Tudo surgiu com a criação do instrumento que leva o mesmo nome do trabalho. Ele dispara bits eletrônicos, lincados às percussões mais soltas. "Quando Felipe me mostrou aquilo, eu achei genial, porque foi uma criação bem ampla se tratando da música. Por isso, a gente resolveu se unir", conta Begèt.
Na nova empreitada, eles contaram com a produção de Julio Queiroz, músico, instrumentista e produtor musical. "Ele decidiu tocar baixo com pedais e se aliar para produzir um som futurista. A colaboração artística e a amizade entre a gente trouxe a expectativa em torno do projeto, com soma, espírito e a música", descreve.
O termo futurista foi apropriado durante um show que o trio realizou para lançar o novo trabalho. "A gente acabou brincando, durante uma apresentação, dizendo que alguns seriam abduzidos e no meio de tudo alguém gritou: isso é música popular brasileira futurista. Paramos o show pensando que era exatamente isso".
O título reflete também o presente, segundo o músico. "A chegada de um som com aspectos digitais e inovadores. Sinceramente nunca me vi fazendo música eletrônica, mas percebi que a música é ampla e dava perfeitamente para fazer um trabalho diferente com base nisso", revela.
Em "Halkova", por exemplo, o autor revela um poema que ganhou melodias para ser a primeira música autoral de Arduarà. É do tempo em Begèt viveu uma paixão fora do País. "É uma história de amor que vivi na estrada e escrevi ele durante três dias. Nunca havia mostrado a ninguém e agora cantar ele é algo muito intenso", mensura.
"E é engraçado porque a gente vem de outros projetos com formações de bandas que usam de instrumentos orgânicos como guitarra, violão, baixo e bateria, onde a maioria já criou uma identificação. Agora é tudo novo e no palco tudo vira um som de experimentos", completa.
Os próximos shows de ARduaRÀ estão previstos para o dia 15 de julho, na festa Tropicanapa na Brava, e no dia 20 de julho, na Morada dos Baís, com apresentação gratuita.
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