Mostra coletiva reúne pinturas, colagens e gravuras no Marco até outubro
Está aberta a segunda temporada de exposições do Marco (Museu de Arte Contemporânea). Em destaque estão pinturas, colegagens e gravuras que expressam toda história artística dos artistas Ricardo Giuliani, Stefan Grol e Silvia Ruiz. O trio aposta em cores e formas de diferentes técnicas e a exposição fica disponível ao público até 14 de outubro.
Em “TransAparente”, Ricardo Giuliani biaja no mundo das formas radiografadas, desenhos e pinturas realizadas nos suportes de raios X. Há uma dualidade entre o que é a imagem e o que ela significa, já que o embate direto entre a vida e a morte traz para esta experiência artística um olhar contemplativo.
Ao apropriar-se das radiografias para uma prática artística, Giuliani preocupa-se em interferir nas imagens com linhas, formas, veladuras e raspagem de suporte. A relação convencional entre figura e fundo é subvertida através da colagem.
Depois de passar grande parte de sua vida morando na Inglaterra, Stefan Grol teve a oportunidade de viver durante alguns anos na região de Nhecolândia, no Mato Grosso do Sul. Durante este período, ficou a paixão pela ntureza sul-mato-grossense.
Em sua exposição “Acrílico Sobre Água” suas obras são cercadas de muitas plantas e os animais tem toda sua existência fundamentada ao redor dos rios, baias, salinas, corixos, lagoas e pequenos riachos. Para Grol, estas pinturas são um estudo da interação, aprendizagem sobre as reflexões hipnotizantes que a água pode criar, bem como das ondas e dos respingos provocados fauna e flora.
Laura Monte Serrat retrata em “Enigmática – Identidade Artística” um mundo com muitos elementos, ora em destaque, ora ocultos em meio ao exagero, à quantidade e à diversidade de estímulos. Em suas obras desenha com a máscara acrílica, colore manchando o papel com aquarela e, depois, diverte-se como uma criança olhando para o céu, buscando imagens entre nuvens. E se quiser se divertir mais ao apreciar a exposição, a sugestão é levar uma lupa.
Na mostra “Isto Não é Uma Cadeira”, a artista Silvia Ruiz propõe ir além do signo “cadeira” e sua possível forma representada, colocando em jogo o movimento. A cadeira representada por artistas ao longo da história da arte é matéria-prima. Partindo das obras de Picasso, Andy Warhol, Joseph Kosuth, Salvador Dalí, Antoni Tàpies, Yayoi Kusama, Bruce Nauman, Farnese de Andrade, Nelson Leirner, Cildo Meireles, entre outros, a artista recria imagens-ícones.
A série iniciada em 2012 é desenvolvida com uso das técnicas de litografia, xilogravura, linóleo e chine-collé sobre papel. Com este recorte temático, Silvia Ruiz aborda desde a rústica cadeira de Van Gogh à inutilizável cadeira engordurada de Joseph Beuys.
Serviço - a Mostra está aberta à visitação até o dia 14 de outubro de terça à sexta-feira, das 7h30 às 17h30. Sábados, domingos e feriados das 14h às 18h. O museu fica na rua Antônio Maria Coelho, 6.000, no Parque das Nações Indígenas.