Não tem sul-mato-grossense que não pare para ouvir Grupo Acaba
Na manhã deste domingo clientes foram surpreendidos com a apresentação do Grupo Acaba. Os músicos também ficaram surpresos ao ver que tinha até coral para acompanhá-los. No Mercadão, o dia foi de homenagens para a gravação do documentário de 50 anos do grupo.
Basta ouvir as primeiras notas vindas dos instrumentos dos homens de branco que todo mundo para o que está fazendo para acompanhar. Esta reação do público fará parte do filme que conta a história deles.
"É um documentário que fala dos 50 anos, do legado deles sobre as nossas raízes, do homem pantaneiro, da preservação ambiental e da cultura indígena", explica o diretor do documentário, Fábio Flecha.
Há um ano sendo planejado, as cenas gravadas hoje estavam programadas há três meses. A surpresa para o Grupo foi o coral do Tribunal de Justiça que recebeu o Acaba cantando. "O coral é uma homenagem que eles não sabiam que ia acontecer. Achavam só que iriam cantar", fala Flecha.
O documentário que deve ficar pronto no final de junho mostrará desde a formação do Acaba. "Eu vim porque faço parte de um grupo de engenharia, o Acaba nasceu na Engenharia Civil, então acompanho eles há muito tempo", fala a engenheira Marisa Branco, de 58 anos.
A provação de sentimentos das letras mexe até com quem está passando pela rua. "Eu estava estacionando o carro quando passou um rapaz de bicicleta chamando outro na rua e dizendo 'é o Grupo Acaba'", narra a artista Miska Thomé, de 59 anos.
O aviso que veio do ciclista chamou atenção dela. "Aparentemente poderia ser uma pessoa que não conhece ou não se interessa pelo Acaba, mas acho que eles trazem essa coisa da cultura pantaneira, eles representam através da música e da sonoridade, o Mato Grosso do Sul e é com isso que as pessoas acabam se identificando. Não é uma coisa para um pessoal mais cult", explica Miska.
Promotor de Justiça e integrante do Grupo Acaba há duas décadas, Douglas Oldergado precisa explicar a um fã mirim que eles já tocavam antes mesmo dele nascer. "Eu tenho 42, o grupo tem 50, eles começaram antes de eu nascer", responde à garotinha que lhe perguntou a idade.
"É diferente e transcende uma experiência musical. O grupo não é estritamente preocupado com a questão harmônia. Os instrumentos são uma ferramenta que a gente usa para transmitir as mensagens que estão no pensamento que integra o o grupo, que é a defesa do Meio Ambiente, dos povos indígenas", afirma Douglas.
De forma indireta, quando toca o Acaba mexe com o que está dentro do sul-mato-grossense, trazendo um sentimento mais nativista para fora.
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