Nas ruas de Campo Grande, artesanato feito com alma da época do “paz e amor”
O hippie a moda antiga, sem dreads, tem a alma da época “paz e amor”, dos tempos de Woodstock. José Rogério da Silva, de 47 anos, partiu de Curitiba, há 26 anos para viver na beira do rio Aquidauana, em Piraputanga, e assim fugir do caos da cidade grande.
Ele conta que estava em Bombinhas (SC), quando uns amigos mostraram fotografias de Piraputanga e, claro, se apaixonou. Com o ofício na cabeça, sem precisar de muito para ser feliz, ele não pensou duas vezes.
Da foto até a partida do trem para o meio do mato foram 1 mês de espera e 12 anos de vivência. Mas depois de tanta calmaria, ele voltou para a cidade. “Tava cansado de comer peixe e melado”, brinca
Hoje Rogério mora em Campo Grande, fazendo o mesmo artesanato, mas na calçada, na rua Domingos Marques, próxima a avenida Eduardo Elias Zahran.
Peças feitas com cascas de buriti, madeiras e coisas que estavam no lixo, são o trabalho do artesão. Algumas peças são bem conhecidas de quem gosta de uma decoração mais rústica em casa, como os cabideiros com flores coloridas em lata.
Para produzir, ele também procura os materiais em locais nobres, como a área de preservação a natureza do Dahma e Jardim Tiradentes.
Na lista de preferências do artesão estão as máscaras, que custam de R$20 a R$40,00, dependendo do tamanho. José monta sua banca de segunda a sábado, das 9 às 17 horas, ao lado do Comper da avenida Zahran.