Shopping promete cinema drive-in para Capital; relembre exemplos
Shopping Bosque dos Ipês vai realizar no mês de junho o Bosque Drive-In, que exibirá filmes com sessões no estacionamento
Ô saudade de um cineminha, né? Tem coisa melhor que pegar um pipocona amanteigada e um copão de refri, sentar na cadeira da poltrona e perceber que comeu quase tudo antes do filme começar?
Desde o início da pandemia, as três franquias de cinema de Campo Grande estão fechadas. Nem aquelas sessões menores, geralmente realizadas pelas fundações de cultura ou Sesc estão rolando.
Mas calma que tem coisa boa aí para matar a saudade do cinema e ainda relembrar uma época que bastava estacionar o carro para curtir um filme. Inspirado em países como Estados Unidos, Alemanha, Coreia do Sul e tantos outros, o Shopping Bosque dos Ipês vai realizar no mês de junho o Bosque Drive-In, que exibirá filmes com sessões no estacionamento do shopping.
“Será uma atmosfera que mescla o 'retrô' ao que há de mais moderno de imagem e som”, explica o gerente de marketing Diogo Salgado.
A data exata com a programação completa o shopping está praa anunciar nas redes sociais, bem como os links para compra de ingressos, cujo processo será inteiramente online.
Enquanto eles não anunciam tudo certinho, o Lado B relembra que Campo Grande já foi palco de várias experiências de cinemas drive-in, inclusive em um passado recente.
Em 2018 o projeto Cine Autorama levou durante quatro dias várias sessões de cinema drive-in na Praça do Papa. O mostra foi um sucesso tendo público lotado em todas as sessões.
Em 2013, outro shopping, o Norte Sul Plaza, foram realizadas nove dias de sessões para 80 carros, também no estacionamento. A forma retrô foi adaptada pelos organizadores do FestCine Vídeo América do Sul.
E chegamos finalmente ao ano de 1972 quando estava sendo inaugurado o primeiro e único cinema drive-in permanente de Campo Grande: o Autocine da UFMS, que fica ao lado do estádio Morenão.
Hoje completamente abandonado, o Autocine funcionou até 1989, sendo os últimos seis anos os mais difíceis por conta do fim da perceria com a Rede Pedutti que escolhia e contratava os filmes a serem exibidos.
Com capacidade para até 128 carros, além de arquibancada para quem estava à pé, o Autocine possuía lanchonete, sala de projeção, pátio com postes em formato de chapéus onde ficavam os alto-falantes, o telão de cinema, portaria e bilheteria.
Os recursos provenientes dos ingressos eram revertidos para a compra de livros para a Biblioteca Central e as de outras unidades da Universidade. Desde de 2012 a reitoria diz que estuda uma forma de reativar o Autocine, mas até o momento nada foi feito de concreto.
Sem sabermos aonde essa pandemia vai nos levar, poderia ser uma ótima saída os amantes da sétima arte.
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