Além do abraço, tradição de cinema é carinho que ficou do avô para Thaís
Depois de passar a semana no Pantanal, demonstração de amor era passar o domingo vendo filme em família
Depois de passar a semana toda no Pantanal, José fazia questão de levar a neta, Thaís Lima Bacchi, ao cinema. Com direito a sala de filmes em casa, o amor pelas telas compartilhado com a família ficou marcado como sinal de carinho e, hoje, a lembrança puxa o TBT da semana.
“Eu tenho muitas lembranças de sair com meus avós para almoçar aos domingos e irmos ao cinema. A gente tinha uma rotina de almoçar, chegar ao shopping, tomar um cafezinho e depois ir para o cinema”, relembra a neta.
Mais do que o conteúdo dos filmes, Thaís, que é funcionária pública, explica que o importante era mesmo o companheirismo compartilhado entre eles. Exemplo é que, por vezes, José assistia aos filmes de ação, enquanto ela e a avó se uniam para ver algo mais tranquilo.
Sobre a história em geral do avô, Thaís narra que ele nasceu em Corumbá e carregava o nome do pai. E, graças ao bisavô da funcionária pública, o amor pelo Pantanal sempre esteve presente na vida da família.
Devido ao pai ter sido um dos desbravadores do Pantanal, José morou e trabalhou por muito tempo na região, tendo se mudado para Campo Grande apenas quando as filhas começaram a frequentar a escola.
“Meu avô sempre amou o Pantanal, mas a grande paixão com certeza eram os cavalos pantaneiros. Sempre participou das exposições, dos leilões e das cavalgadas no Pantanal”, relembra Thaís.
Sua relação com a região era tão forte que até nome de rodovia ele deu. Conectando o gosto pela fazenda com uma paixão por viajar, a estrada é parte de mais uma das características que ficaram na memória.
Tanto é que a funcionária pública comenta que entre as principais lembranças estão os momentos divididos em viagens. “A gente brincava que não podíamos falar de viagem perto dele sem estar com tudo pronto porque ele não sossegava enquanto não estivéssemos. E ele sempre combinava de sair cedo, quatro horas da manhã era o horário que normalmente ele queria viajar”.
E, dentro de casa, era visto como o bom humor em pessoa pela neta. “Não existia tempo ruim com ele. Era realmente o homem da família porque ele e minha avó tiveram quatro filhas e eu sou a primeira neta. Então, ele sempre foi uma figura muito importante para todas nós”.
Hoje, além das memórias envolvendo o cinema e as viagens, Thaís garantiu que o símbolo de José se tornasse permanente. Quando o avô ainda estava em vida, o desejo de fazer uma tatuagem já existia, mas se tornou real apenas após seu falecimento.
“A marca é com certeza um símbolo muito importante da história e do trabalho dele, não tinha outra forma melhor de homenageá-lo e de sentir que para sempre teria ele comigo”, completa a neta.
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