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Comportamento

André trocou 'paletó de madeira’ por vida sem stress na Kombi rústica

Após 'travar' dirigindo na Avenida Paulista, ex-taxista mudou de vida e hoje faz viagens pelo Brasil

Jéssica Fernandes | 01/06/2023 07:23
Há 3 anos, ex-taxista viaja na Kombi apelidada de 'Kombichugabum’. (Foto: Arquivo pessoal)
Há 3 anos, ex-taxista viaja na Kombi apelidada de 'Kombichugabum’. (Foto: Arquivo pessoal)

A vida de André Luis de Aguiar, de 51 anos, mudou completamente no dia em que saiu de casa para trabalhar e teve uma crise enquanto dirigia. Após o episódio, ele saiu de São Paulo e parou de trabalhar como taxista. Nos últimos três anos, André vive sem roteiro com a Kombi batizada de ‘Kombichugabum’.

Modelo de 1981, a Kombi, nas palavras dele, é ‘raiz’ e ‘bem rústica’. André não se preocupou em fazer grandes adaptações no interior do veículo para poder morar nele. Após rodar o estado de São Paulo, o kombeiro está viajando pelo interior do Mato Grosso do Sul.

Mas, antes de viver a rotina desprendida, ele dividia o tempo entre dirigir o táxi e realizar massagem tântrica. A rotina consistia em trabalhar para manter o estilo de vida de quem ganhava muito bem. André conta o momento que fez tudo mudar.

Kombi é descrita pelo dono como 'raiz' e 'bem rústica'. (Foto: Arquivo pessoal)
Kombi é descrita pelo dono como 'raiz' e 'bem rústica'. (Foto: Arquivo pessoal)

“Sou massagista desde 1994 e há 15 anos era taxista. Antes da pandemia travei na Avenida Paulista, me deu um ataque de stress, travei dentro do táxi com passageiro dentro. Foram quarenta minutos pra conseguir me tirar porque eu não enxergava mais nada, a mente travou”, recorda.

No hospital, André ouviu do médico que teria que escolher entre dois caminhos. “Só tinha duas opções: ou fazer paletó de madeira ou trocar de profissão. Voltei pra casa, acabei vendendo tudo e vim pra Presidente Prudente. Comecei a entrar no Youtube e ver o pessoal viajando de Kombi”, fala.

André comprou a Kombi e começou a viajar sem se preocupar em seguir roteiro. Hoje, ele garante que a saúde é outra ao ponto de não sentir dores de cabeça e nenhum dos outros problemas acarretados por viver na ‘cidade grande’.


Além da saúde de ferro, André reviu alguns valores e mudou como pessoa. Viajando na Kombi descobriu que status social é insignificante. “Eu ganhava muito dinheiro, era uma pessoa metida, olhava pra pessoa e dependendo do carro conversava com ela. Hoje converso com todo mundo, tô na estrada vejo viajante de bicicleta, a pé, paro a Kombi e convido para almoçar”, afirma.

Com planos de conhecer o Nordeste, o kombeiro por enquanto está desbravando a natureza no interior do Estado. Há duas semanas, ele esteve pela primeira vez em Campo Grande e agora está no Morro do Paxixi.

Em julho André estará novamente sem rumo do jeito que gosta. “Depois que sai da caixinha hoje não tenho roteiro, não posso chegar e falar: ‘Amanhã estou em tal lugar’. O meu quintal é surpresa, não faço roteiro como a maioria dos kombeiros”, destaca.

Para compartilhar com as pessoas o estilo de vida viajante, ele usa as redes sociais onde guarda os momentos rendidos pelas aventuras.

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