ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, DOMINGO  17    CAMPO GRANDE 33º

Comportamento

Aos 18 anos, Luis joga em time de Lisboa e sonha em viver do futebol

O atacante começou a jogar quando tinha quatro anos e mudou de país em busca da carreira profissional

Jéssica Fernandes | 31/05/2022 15:55
(Foto: Arquivo pessoal)
(Foto: Arquivo pessoal)

Assim como muitos jovens brasileiros, Luis Felipe Tomaz, de 18 anos, tem o sonho de ser um jogador de futebol profissional, viver a vida nos gramados sentindo a agitação dos torcedores e fazendo o que mais ama. O jovem joga desde os quatro anos de idade e, para tentar ter mais chances na área, fez mudança permanente para Lisboa, em Portugal.

A jornada do campo-grandense em outro país começou aos 14 anos e, atualmente, ele é contratado pelo Sport Futebol Damaiense. Devido a regras do time anterior onde atuava e a dificuldade com alguns documentos, o rapaz ficou dois anos sem poder disputar partidas oficiais. Agora, a questão foi resolvida e ele finalmente voltou a sentir a emoção de jogar para valer com times adversários.

Ao falar sobre a trajetória, o atacante conta quem foi o responsável por influenciar e ensinar o amor pelo esporte. “O futebol apareceu muito cedo, comecei a jogar muito novo por influência do meu pai. Depois, foi ficando mais sério por volta dos 10 anos, quando comecei a jogar na escolinha do Santos”, diz.

Luis aos 10 anos ao lado do ex-técnico do Santos, Muricy Ramalho. (Foto: Arquivo pessoal)
Luis aos 10 anos ao lado do ex-técnico do Santos, Muricy Ramalho. (Foto: Arquivo pessoal)

A mãe Rosely Corrêa do Nascimento Tomaz, de 45 anos, fala que o filho se destacou na infância e recebeu bolsa no colégio para jogar pela instituição. “Ele sempre foi um menino diferenciado desde novinho e sempre foi muito voltado para o futebol. Quando ele tinha oito anos foi convidado para jogar na Mace como bolsista”, lembra.

A funcionária pública relata como foi quando o filho disse que iria morar em Portugal para conseguir alavancar a carreira. “Quando o Luis Felipe começou a cogitar, a gente achava que era sonho, mas ele falava: 'Mãe, deixa eu ir’. Ele pesquisou que em Portugal tinha um curso e aí, minha irmã falou: ‘Deixa ele vir'”, recorda.

O atleta explica que, a princípio, iria para o país com a intenção de fazer um experimento. Como a tia morava na época em Lisboa, ele contava com o apoio da família na capital de Portugal. “Eu fui passar um tempo na casa dos meus tios para ver como funcionava. Era para ser uma passagem rápida para ver se eu me adaptava e comecei a gostar”, afirma.

Time Sport Futebol Damaiense de Lisboa onde Luis joga como atacante. (Foto: Pedro Correia)
Time Sport Futebol Damaiense de Lisboa onde Luis joga como atacante. (Foto: Pedro Correia)

A única dificuldade que o rapaz sentiu longe de casa foi o período onde não pode ser escalado para os jogos oficiais. “Aconteceu umas coisas por causa da documentação, porque aqui, se os seus pais não estão contigo, é difícil. Tem a questão da exportação de jogadores, eles pensavam que algum clube tinha me trazido. Eu podia treinar no clube, mas não podia jogar", justifica.

Passado o momento difícil, o atacante foi contratado pelo atual time. A perseverança, diz ele, foi a responsável por não deixar o desânimo o abalar. “Eu trabalhava bastante nos treinos, mas a parte mais emocionante, que era o jogo, eu não podia estar, mas foi muita perseverança”, ressalta.

Como os tios foram embora para a França no ano passado, hoje, ele vive nas instalações do clube. Recentemente, o jogador conta que participou de uma competição importante. “Nesse ano, joguei na segunda divisão do time pelo sub-19", revela.

Jovem no dia que foi contratado pelo clube europeu. (Foto: Arquivo pessoal)
Jovem no dia que foi contratado pelo clube europeu. (Foto: Arquivo pessoal)

Mesmo à distância, Rosely faz questão de acompanhar o filho e saber como está o desempenho dele. Ela declara que, às vezes, fica surpresa com a determinação do jogador. “Ele é um menino muito dedicado, determinado e tem horas que fico pensando: ‘Da onde que criei esse moleque?!’ Como mãe, vou conversando para dar uma investigada”, ri.

Para matar a saudade, ela acompanha os jogos que são exibidos nas redes sociais e o grupo de pais, que funciona por aplicativo de mensagens. "Eu fico na sofrência, tento não passar muito, porque tenho vontade de ficar perto, mas a gente vive um dia de cada vez”, garante.

Sonhos para a carreira - Com a expectativa de ter uma carreira notória no futebol, Luis afirma não ter um clube favorito para jogar no futuro. Para ele, o importante é ser contratado por um que forneça boas condições. “Qualquer clube que der oportunidades boas, é o clube que a gente tem que ir”, frisa.

Neymar é o jogador favorito do atacante de 19 anos. (Foto: Arquivo pessoal)
Neymar é o jogador favorito do atacante de 19 anos. (Foto: Arquivo pessoal)

Questionado sobre quem é a sua maior referência, Luis responde sem nem pensar muito. “É o meu pai César, que é conhecido na cidade como Cezinho”, conta. No mundo do futebol, ele diz ter admiração pelo camisa 10 da Seleção Brasileira. “É o Neymar”, destaca.

Atualmente, o atacante estuda para entrar numa das faculdades de Lisboa. Apesar do foco ser o futebol, ele quer fazer Ciência do Desporto, que é o curso de Educação Física fornecido no Brasil. Animado, ele revela que, neste ano, a carreira começa a ficar ainda mais séria. “Esse ano, passo a ser sênior, então, o futebol começa a ser mais sério e profissional”, explica.

No fim da entrevista, o atleta conclui falando sobre a importância do esporte para ele. “A minha vontade é fazer da minha vida o futebol, sempre foi o meu sonho e objetivo”, finaliza.

Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial, Facebook e Twitter. Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui).

Nos siga no Google Notícias