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Comportamento

Aos 4 anos, Maria pediu para “tatuar” o pai e viu desenho ficar para sempre

Depois que filha desenhou com canetinhas, pai correu para estúdio de tatuagem para eternizar a obra da menininha

Thailla Torres | 20/11/2019 07:41
Fernanda (mãe), Maria (filha) e Maicon (pai). (Foto: Arquivo Pessoal)
Fernanda (mãe), Maria (filha) e Maicon (pai). (Foto: Arquivo Pessoal)

No último fim de semana, a filha chegou para o pai com as canetinhas nas mãos e pediu: “Pai, vou fazer uma tatuagem”. Ele, encantado, não teve dúvidas e ofereceu os ombros para a nova obra de arte da menininha. O jeitinho singelo com que os traços foram feitos emocionou o pai que optou por não lavar a região e correr para o estúdio de tatuagem eternizar o desenho na pele.

A figura de uma menininha que, segundo Maria Eduarda, de 4 anos, representa ela mesma, agora é homenagem para vida toda no braço do administrador Maicon Nantes.

Tatuagem feita em cima do desenho de Maria.  (Foto: Arquivo Pessoal)
Tatuagem feita em cima do desenho de Maria. (Foto: Arquivo Pessoal)

O desenho tem até os cachinhos de Maria. Mas no lugar de um bracinho de uma cor só, a menina decidiu ter um braço azul e outro vermelho, mesma cor do vestidinho, e um sorriso no rosto que é a alegria da família.

O pai já tinha outras cinco tatuagens pelo corpo. Desta vez, procurou à tatuadora Paty Ladys, e nem ligou para a simetria. “Estava deitando no sofá quando ela surgiu falando que queria fazer uma tatuagem”, lembra o pai. “Quando ficou pronto ela disse ‘sou eu’, e me mostrou os cabelinhos. No mesmo dia, na hora do banho, ao invés de limpar, eu decidi que tatuaria”, conta.

Maicon tomou banho com todo cuidado para não apagar a obra da filha, no outro dia chegou ao estúdio decidido. Ao ouvir da profissional que era possível tatuar exatamente o que Maria havia feito, ele enfrentou a dor com as agulhas. “Eu já tenho o pezinho dela, fiz quando ela nasceu. E achei lindo o jeito que ela se viu no desenho, então quis deixar registrado”.

Maria orgulhosa da própria obra de arte.  (Foto: Arquivo Pessoal)
Maria orgulhosa da própria obra de arte. (Foto: Arquivo Pessoal)

Após a sessão, o pai voltou para casa disposto a fazer surpresa. Não deu outra, a filha ficou tão feliz que não para de dizer que fez sua primeira tatuagem. “Ela ficou orgulhosa, ela fala para as pessoas que ela faz tatuagem no pai dela”, conta a mãe e psicóloga Fernanda Saraiva Nantes.

A esposa que não imaginava a surpresa ficou emocionada com a coragem do marido. “Eu achei linda a atitude dele. Maria está sempre desenhando a família, às vezes, somente ela. Mas também gosta de desenhar a nossa cadelinha, a Tia”, conta Fernanda.

A dor, segundo ele, foi muita, mas o sorriso de Maria ao ver o resultado valeu cada sofrimento e revelou que a simetria não importa na tatuagem quando o afeto fala mais alto. “Ela ficou muito feliz e eu também, aliás, orgulho”, diz o pai.

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