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Comportamento

Aos 83 anos, Maria toca 950 músicas no piano sem qualquer partitura

Pianista desde os cinco anos, Maria ama o instrumento que é usado para socializar com os vizinhos

Jéssica Fernandes e Samuel Isidoro | 12/04/2023 06:10
Maria Elza Bicuda toca piano desde os cinco anos de idade. (Foto: Marcos Maluf)
Maria Elza Bicuda toca piano desde os cinco anos de idade. (Foto: Marcos Maluf)

Sem a música e o piano o mundo de Maria Elza Bicuda, de 83 anos, não teria sentido. Pianista desde os cinco anos, ela afirma que sabe tocar de cabeça 950 músicas no instrumento. Maria não precisa consultar as partituras, pois os dedos conhecem e tem intimidade com o som de cada tecla.

Nascida em Urupês (SP), Maria na verdade se considera campinense, pois foi em Campinas que cresceu e começou a estudar o piano. A paixão pelo instrumento é herança de família. “Eu com 11 anos ganhei meu primeiro prêmio de piano e fui subindo. Minha tia era uma grande pianista, mamãe também era pianista, vem de família”, afirma.

Ela conta que veio morar com a família em Campo Grande há quase 1 ano, mas que antes da mudança era pianista num hotel. “Eu tocava no hotel, fiquei tocando 22 anos em Natal. A família, a ala jovem, estava morando aqui”, explica.

Veja o vídeo:

Em Campo Grande, Maria costuma tocar em casa para a família e os vizinhos. No prédio em que mora, ela já deixou avisado que todos estão convidados a fazerem uma visita quando ouvirem o som do piano.

“No meu prédio tem diversas pessoas de idade e avisei a todos que quando ouvissem o som do piano podiam ir em casa.  Podiam ir com enfermeiro, acompanhante, do jeito que quisessem, porque iriam ouvir músicas que gostassem”, fala.

Nessa semana, Maria foi convidada para alegrar a celebração de uma clínica que completou 50 anos de atividade. Para a ocasião, ela levou o caderno onde consta o nome de 950 músicas. A capa do caderno traz o aviso para quem quiser pedir música: 'É necessário escrever o número e o nome da música'.

Veja o vídeo:

Ela comenta como se sentiu com o convite e destaca que o maior prazer que a música proporciona é ver como as pessoas reagem à ela. “Eu vim com muito prazer, tô acostumada com isso, eu gosto de tocar pra gente, porque na hora que toco eu capto sua sensibilidade e jogo isso na música”, ressalta.

O caderno foi a solução que encontrou para não carregar incontáveis papéis com partitura. "Os arranjos são todos meus, não vou tocar arranjo de ninguém, porque como você vai trazer 150 partituras, quantas malas seriam?", questiona.

Maria não cansa de repetir que a música é a vida dela e não demora muito para a conversa ser interrompida, pois a pianista precisa voltar a tocar. “Agora estou gostando porque tô tocando, eu gosto do piano, é minha vida”, conclui.

Maria considera a música e o piano parte importante da vida. (Foto: Marcos Maluf)
Maria considera a música e o piano parte importante da vida. (Foto: Marcos Maluf)

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