Aos 93 anos, Odilon é craque sabendo capitais de todos os países
Há cerca de seis décadas, o sul-mato-grossense decidiu que iria se aprofundar na geografia mundial
De Cabo Verde até Filipinas, Odilon Baptista até leva alguns minutos para se lembrar das capitais de cada país, mas no fim sempre se recorda. Jurando que mantém na memória as informações sobre os 193 países, o campo-grandense de 93 anos brinca que o motivo para se aprofundar na geografia é que nasceu para isso.
Orgulhosa dos talentos do avô, Poliana Tomielis resolveu gravar um vídeo para mostrar que o conhecimento é real e não há quem fuja da surpresa. Acostumado com as dúvidas, Odilon conta que as pessoas até se negam a acreditar no início, mas é só começar o quiz que as dúvidas vão se desfazendo.
Narrando sobre quais foram os motivos para decidir aprender os nomes, ele comenta que tudo iniciou por curiosidade. “Quando eu tinha um pouco mais de 30 anos, um colega comprou aquelas revistas, almanaques e enciclopédias. Vi sobre geografia e decidi que eu ia penetrar naquele conhecimento”.
Já tendo trabalhado como professor particular na área rural durante a vida, Odilon explica que até poderia vincular o gosto com a profissão, mas não é o caso.
Naquela época, a gente não dava aula só de geografia, por exemplo, não tinha disciplinas. Você precisava dar aula de um pouco de tudo, detalha Odilon sobre envolvimento com a área.
E, vendo que a área era sua favorita, começou a fazer anotações para garantir que o conhecimento se mantivesse por perto. No início, o aprendizado foi relacionado aos países e, pouco a pouco, se espalhou para outras especificidades.
Enquanto o vídeo da neta mostra o avô respondendo sobre as capitais de países espalhados pelo mundo, Odilon faz questão de explicar que seus conhecimentos vão além. “Consigo te dizer o nome de todos os municípios de Mato Grosso do Sul, tanto por ordem alfabética quanto por região também”.
Além disso, se localizar no mapa brasileiro como um todo também é tarefa tranquila para o homem de 93 anos. Inclusive, tendo completado a idade nesta quinta-feira (15), ele comenta que a memória até tenta falhar, mas o amor pelos conhecimentos é maior.
“Por isso é que posso até demorar para responder, mas é só esperar um pouco que a lembrança vem e consigo falar os nomes”, comenta Odilon.
Apesar de sempre ter gostado de conhecer o mundo através dos livros, o campo-grandense explica que conseguiu viajar apenas a alguns países da América Latina. “Fui para a Argentina, Bolívia, esses vizinhos aqui”.
Sem condições de ir até Filipinas, por exemplo, ele comenta que foi se mantendo ativo pelas viagens literárias. Hoje, imaginando o que mais poderia ter feito com o conhecimento, Odilon garante que se a vida fosse diferente, talvez tivesse se aprofundado mesmo na área.
Apesar da vontade, ele completa que o principal é continuar passando os anos sem abandonar os conhecimentos. “É o que eu gosto, coloquei isso na minha cabeça e fiz mesmo. Agora é só continuar lembrando”.
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