Apaixonado por futebol, Miguel sonha em ser narrador profissional
Garoto de 13 anos usa seu Instagram para fazer transmissões ao vivo
O ritual é o mesmo: anotar o nome dos jogadores titulares e reservas, características de cada um, número de cartões, histórico da carreira, entre outras informações úteis para fazer uma boa narração de futebol.
É assim, com austeridade quase profissional, que Miguel Lauro Nossa, de 13 anos, se prepara para narrar um jogo. Apaixonado por futebol, corintiano roxo, Miguel usa sua conta no Instagram para fazer lives narrando partidas transmitidas na televisão.
O último jogo narrado por ele foi do grande rival paulista, o São Paulo Futebol Clube, contra o Botafogo de Ribeirão Preto pelo Campeonato Paulista. “Boa tarde gente, estamos transmitindo ao vivo aqui o jogo do São Paulo e do Botafogo pelo campeonato paulista”, começou a transmissão.
As lives de Miguel bombam, muitas crianças da idade dele ou menores costumam acompanhar o que ele fala sobre o jogo, parece acontecer uma identificação com o narrador mirim.
Fã de Luis Roberto, narrador da Globo e do lendário Oscar Ulisses da rádio CBN, Miguel se espelha nos dois profissionais para tentar seguir na carreira. “Gosto muito do Luis Roberto, mas prefiro narração de rádio, por isso sou muito muito fã de Oscar Ulisses”.
Mas Miguel não começou narrando os jogos de TV, foi por meio de outra paixão, o futebol de botão, que o garoto iniciou a seus passos há cerca de dois anos.
“Ele montava os times de futebol de botão no chão mesmo e ficava narrando as jogadas que ele mesmo fazia”, relembra a mãe coruja, jornalista Ida Garcia.
Miguel parece ser o resultado claro das paixões dos pais. Como citamos a mãe é jornalista e também adora futebol. O pai é um apaixonado por futebol e pelo Corinthians.
Miguel já teve oportunidade de ir a vários jogos do timão em São Paulo, capital e interior. Mas essa paixão não se resume ao time paulista quando o assunto são as camisetas de time.
Ele tem uma coleção imensa de camisas de times nacionais de estrangeiros. A maioria, claro, é do Corinthians, mas também tem camisa do Grêmio, seu segundo time do coração e de vários outros clubes, incluindo seleções.
Percebo que falta uma única camisa de time brasileiro em sua coleção, a do Palmeiras. Ofereço a ele então esse presente. “Não, não, muito obrigado!”.
Nesses dois anos o garoto já evoluiu muito em suas narrações, a ideia é que ele faça tudo no tempo dele. “Nós não forçamos nada, ele vai ser o que quiser ser”, diz a mãe.
Para felicidade do narrador, o Botafogo-SP bateu o São Paulo por 1 a 0. Como bom profissional, Miguel narra a vitória com neutralidade. Ao fim da live, o sorriso não esconde a satisfação da derrota do rival.
“Futebol é paixão, pra narrador ou torcedor”.
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