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Comportamento

Após 30 anos, ex-funcionários da Mesbla fazem encontro emocionante

Loja de departamento era uma das novidades que mudaram Campo Grande na década de 1980

Por Aletheya Alves | 05/08/2024 06:35
Reencontro após três décadas foi cheio de emoção. (Foto: Juliano Almeida)
Reencontro após três décadas foi cheio de emoção. (Foto: Juliano Almeida)

No final da década de 1980, a antiga loja de departamentos Mesbla era uma das novidades que faziam parte da inauguração do Shopping Campo Grande e marcou a vida de muita gente que se tornou funcionária. Agora, depois de 30 anos, parte dos trabalhadores conseguiu se reunir para relembrar como era a vida quando a Avenida Afonso Pena “acabava” naquela região e cartão de loja era algo que o povo queria ao invés de fugir.

“A gente foi contratado antes do Shopping abrir, então todo mundo começou a trabalhar no depósito e uma das coisas que a gente fazia era tentar cadastrar cliente. Naquela época, todo mundo queria fazer o cartão e era assim que começamos”, relembra a antiga vendedora da seção de moda jovem, Eliete Antônio Rodrigues.

Hoje assistente social aposentada, Eliete se diverte contando sobre seu primeiro emprego e garantindo que as mudanças realmente foram drásticas comparando o cenário de 1989 com o de agora.

Grupo de ex-funcionários da loja conseguiu realizar a primeira reunião. (Foto: Juliano Almeida)
Grupo de ex-funcionários da loja conseguiu realizar a primeira reunião. (Foto: Juliano Almeida)
Um dos espaços da antiga loja de departamento do Shopping Campo Grande. (Foto: Arquivo pessoal)
Um dos espaços da antiga loja de departamento do Shopping Campo Grande. (Foto: Arquivo pessoal)

No seu caso, a Mesbla foi seu primeiro emprego e tanto a experiência da carteira assinada quanto a socialização com os colegas estão entre as melhores memórias. “O primeiro trabalho era algo que a gente sonhava e a Mesbla era uma referência até no sentido do pagamento. Depois que saímos, a gente acabou perdendo contato com a maioria dos colegas, mas quando me convidaram para a ideia de se reunir, eu aceitei porque é muito interessante esse reencontro”.

Uma das organizadoras do reencontro, Neuraci Leonel fazia parte da sessão de brinquedos da loja e graças ao bom salário conseguiu fazer sua primeira viagem de avião. Apesar de ter mantido contato com alguns colegas, ela também não sabia sobre a vida da maioria dos ex-funcionários e querendo valorizar as memórias é que a ideia surgiu.

“Depois de um tempo, a gente começa a olhar mais para isso e ver como é importante a gente ter esse contato com as pessoas. Há um tempo, fizemos um encontro das pessoas que eram da parte dos brinquedos, mas o restante a gente não sabia”, descreve Neuraci.

Mas, desta vez, mais pessoas se envolveram e cada um foi convidando outros que integraram a equipe até que o grupo no WhatsApp passou dos 30 integrantes. Parte dos ex-funcionários continuam por aqui, mas outros se mudaram de cidade. E, como Neuraci explica, alguns dos ex-colegas não estão mais vivos.

Também envolvido com a reunião, Paulo Lemos era do mesmo grupo de Neuraci. “Me lembro que quando fui fazer a seleção, tinha cerca de 100 pessoas no meu grupo e apenas três foram selecionadas. Fiquei feliz demais porque foi uma oportunidade incrível”.

Entre as memórias que mais se destacam, ele explica que a loja costumava fazer alguns eventos internos e esses momentos de união entre as equipes ficaram até hoje. “A gente era tratado de um jeito diferente, tanto que nosso chefe não lidava com a gente como funcionários, mas como filhos. Era algo especial, foi  uma das melhores empresas que eu já trabalhei”.

Magda tinha um dos cargos de chefia na empresa. (Foto: Juliano Almeida)
Magda tinha um dos cargos de chefia na empresa. (Foto: Juliano Almeida)

Então chefe da seção de moda jovem, Magda Braz Alves foi uma das pessoas que tiveram sorte de estar em Campo Grande durante a reunião deste domingo (5). Depois da pandemia, a psicóloga se aposentou e se mudou para o litoral.

“Quando me ligaram para falar sobre o encontro, fiquei feliz demais por estar aqui e é claro que confirmei. A Mesbla fez parte da nossa história e o mais importante sempre foram as pessoas”, defende Magda.

Puxando na memória, ela conta que viajava para Curitiba com tudo pago pela empresa para receber treinamentos e a chave sempre era lidar bem com as pessoas. “Isso se destaca muito e, depois da pandemia, poder rever as pessoas é mais uma bênção para a gente”, completa.

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