Após luta contra pneumonia e leucemia, morre Pedro Spindola

Após ser diagnosticado com leucemia e pneumonia, o escritor Pedro Spindola não resistiu e faleceu. A informação foi confirmada na manhã deste sábado (10) pela filha de Pedro, Letícia Spindola, em suas redes sociais.

O velório de Pedro será realizado neste sábado (10) entre 18h e 01, e domingo (11) das 6h às 10h no Cemitério Jardim das Palmeiras, na Avenida Tamandaré, 6.934. Em seguida, amigos e família farão uma cerimônia de despedida no Crematório Campo Grande, localizado na Avenida Tamandaré, 6.781.

Conforme o comunicado de Letícia, Pedro estava lutando por sua saúde durante os últimos cinquenta dias. “Fica na lembrança toda sua genialidade, bom humor e sua visão sonhadora e inventiva da vida. Fica também nosso grande amor por tudo que ele sempre representou para nós”, disse a filha.

Letícia agradeceu pelo carinho e comentou que detalhes sobre a despedida deverão ser divulgadas no decorrer do dia.

Além de escritor, ele foi jornalista, ex-diretor da Secretaria de Cultura de Mato Grosso do Sul e um dos melhores amigos do poeta Manoel de Barros.

Integrando a equipe de organização que vem transformando a casa de Manoel de Barros em centro cultural, Pedro contribuiu com parte do seu acervo de cartas, fotos e manuscritos.

Em setembro, durante a inauguração da casa, o escritor reforçou a importância da valorização da cultura regional mais uma vez e destacou seus sonhos sobre transformar o espaço em museu.

Nas redes sociais, amigos lamentam a perda do jornalista e destacam as heranças deixadas por Pedro. Jornalista, Bosco Martins comenta sobre como o amigo sempre foi uma referência, "acima de tudo era uma pessoa humana e de inteligência inesquecível".

Um dos idealizadores da Casa Quintal Manoel de Barros e presidente da Fundação Nelito Câmara, Ricardo Câmara caracteriza Pedro como um grande sonhador. "Suas ideias contagiavam a todos com os detalhes e viabilidades que ele propunha, assim ele realizou muitos feitos".

E entre seus feitos como escritor sempre presente nas movimentações culturais, Spindola é visto pelo amigo como essencial na história de Mato Grosso do Sul. Sobre a relação de Pedro com Manoel, Ricardo relembra que os dois foram amigos de caminhada até o final da vida de Barros.

"A amizade dele com Manoel fez com que tivesse um grande acervo, ele sempre foi preocupado com a memória e com o registro. Parte do seu acervo, inclusive, foi vendido ao Sesc. Pedro vai fazer muita falta, era uma alma sensível e uma pessoa muito querida", completa Ricardo.

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(*) Matéria atualizada para inserção de informações sobre o velório.