Audacioso, Elino construiu o próprio helicóptero que até "já saiu do chão"
Isso mesmo, Elino está montando sozinho com peças de ferro um helicóptero que já até saiu do chão
Se você já ficou de cara com o padre do balão, que ficou famoso depois de sumir no céu em seu famigerado balão de gás hélio e nunca mais voltou, vai se assustar com a audácia do azulejista Elino da Silva, de 48 anos.
Ele fez de sua casa, no Jardim Presidente, um hangar onde guarda seu helicóptero particular. Isso mesmo, Elino está montando sozinho um helicóptero que já até saiu do chão.
Eu vi uns vídeos na internet das pessoas montando uns helicópteros caseiros, voando que nem besouro. Então, pesquisei estrutura e resolvi me aventurar. Eu aprendi tudo na marra”, conta.
Tudo isso começou há dois anos e já custou cerca de R$ 10 mil no bolso do azulejista. A estrutura já está pronta: têm hélices, transmissão e até motor.
“Eu tinha colocado primeiro um motor menos potente, de 120 cilindradas. Mas ele era muito fraco e fundiu. Comprei, então, esse mais potente, de 450 cilindradas, que é suficiente para tirar a aeronave do chão”, diz Elino sobre o motor que custou R$ 3,5 mil e estava desmontado no momento da entrevista.
O material utilizado na estrutura foi mudando ao longo do tempo. Elino não sabia nada, usou alguns materiais que se mostraram ineficientes no início e, com os testes, tiveram que ser modificados. Agora toda a estrutura é maciça.
“Eu fui a ferro velho e tive ajuda de seu Pedro da reciclagem aqui do bairro. Todo mundo queria dizer o material que eu precisava usar, mas usei aquilo que queria de acordo com os testes que eu fazia".
No primeiro teste, o helicóptero saiu 40 centímetros do chão. Por enquanto, ele só vai para cima e para baixo. Elino nunca trabalhou com aviação antes, tudo que sabe de pilotagem aprendeu sozinho. Sobre a possibilidade de um acidente que o leve ao mesmo destino do padre do balão, o azulejista é assertivo.
“Eu não tenho medo da morte. Boto fé no parafuso que eu coloco e ainda soldo tudo. De qualquer maneira, tanto como azulejista quanto no trabalho aqui do helicóptero, tenho que ter precisão, qualquer milímetro faz diferença”, diz.
Chamado de “louco”, Elino é uma atração na vizinhança. Toda vez que faz testes na rua de casa, sai todo mundo para fora. “Eu coloco uns cones na rua e ligo o motor. Não preciso nem chamar ninguém, só com o barulho do motor todo mundo aparece”.
O sonhador diz que não tem prazo para terminar e tem um limite bem flexível para gastar. “Não passando de R$ 100 mil está ótimo".
Com sorriso orgulhoso, ele diz que tudo é um hobby de final de semana, é coisa “pra brincar de ser passarinho”, finaliza.
Curta o Lado B no Facebook e no Instagram. Tem uma pauta bacana para sugerir? Mande pelas redes sociais, e-mail: ladob@news.com.br ou no Direto das Ruas através do WhatsApp do Campo Grande News (67) 99669-9563.