Brincadeira virou brechó com cara de ‘São Paulo’ em casa de 1970
Há 1 ano e meio, ele começou a vender roupas no bar e agora conquistou espaço próprio no Centro
O brechó era só uma brincadeira para Ygor Matos que começou vendendo peças em frente a um bar na região da Esplanada Ferroviária. Do tapete no chão e araras improvisadas, ele conquistou endereço fixo no Centro onde quer trazer a ‘vibe’ dos brechós de São Paulo para Campo Grande.
Há 1 ano e meio, Ygor criou o Brechó Hyppye183 só para desapegar de algumas peças, mas em poucos meses o negócio virou a principal fonte de renda. Em 2022, o Lado B encontrou o brechozeiro, que garante o look da galera no bar, e assim a história virou matéria.
Neste mês de março, ele abriu o primeiro espaço físico em uma casa antiga na Rua Padre João Crippa. Depois de semanas procurando o local ideal, o empreendedor se apaixonou pelo imóvel construído em 1970.
A ideia dele é transmitir aos clientes o mesmo sentimento que tem ao visitar os brechós na capital de São Paulo. “Eu queria muito a vibe dos brechós que tem em São Paulo. Tem um que gosto muito na Avenida Angélica, então você chega e parece que está no túnel do tempo. É o que queria pra cá”, afirma.
Além de apostar nesse conceito, o empreendedor também queria oferecer mais conforto aos clientes já que a dinâmica do bar não permite regalias, como café passado na hora, água gelada, bancos e até um provador próprio.
Mesmo com o conforto que a casa oferece, Ygor seguirá levando algumas peças para o Bar do Zé Carioca, na Rua General Melo, nos finais de semana. Na loja, ele pretende revezar o atendimento com o apoio da irmã Yara, que virou sócia do brechó desde que se mudou para a Capital.
Estilo irreverente - Da varanda à sala principal, o público encontra o ambiente repleto de araras. Em cada uma, Ygor colocou peças de estampas e tamanhos variados, como shorts jeans, camisas sociais, batas, vestidos, conjuntos, blusas, casacos, calças e por aí vai.
Os modelos saem a partir de R$ 10 e custam até R$ 99, sendo que a maioria foi garimpado em São Paulo. Por virem de outro estado, Ygor fala que as peças são diferentes das encontradas na cidade. “Eu faço questão de ir pra lá por conta da exclusividade. Eu trago toda vez de 800 a mil peças de lá”, diz.
Todas as roupas que fazem parte do acervo da loja, que ultrapassa mil, refletem o próprio gosto do brechózeiro. Assim como era a princípio, Ygor segue dando preferência às roupas coloridas, cheias de estampas e bem hippies.
“As minhas peças são tudo que uso e percebi que os clientes gostam e não tem demanda em Campo Grande. Essas peças mais ripongas tem tudo a ver comigo”, destaca.
Além das roupas, o público também encontra variedade de sapatos, desde sandálias com amarrações a tênis de marca. Para completar, o empreendedor customiza colares e buckets coloridos que saem a R$ 20.
Apesar de estar funcionando há poucos dias, o empreendimento já vem conquistando clientes novos. A arquiteta Ana Beatriz é uma fã de carteirinha do segmento que alia sustentabilidade e moda circular. Para ela, o brechó oferece versatilidade e permite mais expressão.
“O brechó simboliza identidade. Você consegue encontrar roupas não da tendência atual, mas da sua identidade. É importante a gente reciclar e normalmente nessas lojas você usa o que está sendo imposto. Dentro do brechó você tem liberdade de ser quem você é”, destaca.
O Brechó Hyppye183 está localizado na Rua Padre João Crippa, 2703, Centro. O horário de funcionamento é das 8h às 18h todos os dias.
Confira a galeria de imagens:
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