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Comportamento

Campo-grandense vibra no “dia internacional" da bota fora do armário

Ângela Kempfer | 26/04/2016 10:37
Camila Moraes quer aproveitar bem os dias de frio. (Foto: Marcos Ermínio)
Camila Moraes quer aproveitar bem os dias de frio. (Foto: Marcos Ermínio)

É só o frio ameaçar e todo mundo tira a bota do armário em Campo Grande. Também, essa terra ferve de tal maneira, que só a previsão de queda na temperatura já é um alívio. Depois de dias de espera, hoje, finalmente, a neblina apareceu e todo mundo aproveitou para explorar bem o guarda-roupa de inverno, mesmo com o termômetro marcando 17ºC. A manhã começou com gente de casaco pesado.

Alan Rios Bezerra saiu de casacão nesta terça. (Foto: Marcos Ermínio)
Alan Rios Bezerra saiu de casacão nesta terça. (Foto: Marcos Ermínio)

Há pelo menos uma semana, a recepcionista Camila Moraes, de 20 anos, aguarda ansiosa pelo frio. Por não botar fé que a frente fria vá durar muito, ela se preparou com antecedência para não perder um minuto de trégua no calor. Tirou do guarda-roupas os casacos, lavou as roupas com a boa receita de vinagre com água e calçou as botas de couro.

E, claro, ela já fez planos para a noite desta terça-feira. “É o que eu mais estava esperando desde o inicio do ano, mas eu acho que não vai durar muito essa baixa temperatura. No máximo, uma semana, mas na dúvida, vou aproveitar para ficar em casa, tomar um sopinha e dormir muito”, ri.

Já o estudante Alan Rios Bezerra, de 22 anos, tem esperança de que o frio dure no mínimo até julho. De casacão até o joelho e bota, o rapaz se diz apaixonado pela estação, época em que vai mais ao cinema e aproveita para comer um prato que raramente saboreia em outro período, o sobá.

“É a melhor época do ano. Nesse período quando eu não vou ao cinema, procuro uma casa de caldos, um sobá”, comenta. Apesar do alvoroço, sempre que a meteorologia avisa da queda na temperatura, ele acredita que o gosto do campo-grandense pelo inverno não chega a ser uma unanimidade. “O povo daqui, quanto tá frio, reclama que tá muito frio e se tá calor, reclama que está quente demais. Já eu prefiro o frio o ano todo”, diz.

A diarista Elisabete Oviedo, de 46 anos, mesmo com o frio modesto, já saiu de casa hoje super agasalhada. Para ela, a estação é a oportunidade para dar uma renovada no guarda-roupas. “Logo que começou a ameaçar o frio, eu já resgatei todas as minhas blusas e casacos e lavei. Mas a gente sempre gosta de comprar algo novo né? Eu, pelo menos, já comprei dois casacos só esperando o frio”, comenta.

Menu - Na expectativa de lotação máxima, alguns restaurantes se animam também em dias como o de hoje. Um dos pontos do inverno, o Rochas Caldos na Avenida Senhor do Bonfim, adicionou mais três caldos ao cardápio principal: canjiquinha com paio, canjiquinha com ossobuco e mandioca com frango. A porção única custa R$ 23,00 e o rodízio sai por R$ 28,00.

O empresário Pedro Rocha, de 45 anos, conta que o o número de clientes em dia de calor é de 70 pessoas. Já para essa terça-feira ele espera que o número chegue a 300. “Eu trabalho conforme a meteorologia. Tem clientes que eu encontro na rua e eles já falam: só vou lá quando está frio. Então, se esfria um pouquinho, eu já posso me preparar para recebê-los", comenta.

De acordo com o empresário, ele chega a vender 350 litros de caldo por dia nesse período. "Quando acaba o inverno, a gente incrementa o cardápio com um bifão acebolado, o sobá, porque a procura pelos caldos diminui muito”, conta.

Outro acompanhamento certo para hoje, independente do prato, é o vinho. Na Enoteca Decanter, da Rua Paraíba, a expectativa é de que sejam vendidas em média 70 garrafas de vinho, por dia nessa semana de friozinho.

“A preferência da maioria do clientes é pelos vinhos vindos da América Latina, Chile e Argentina”, explica a proprietária Jandira Franscescon. De acordo com ela, o bacalhau grelhado é a opção do cardápio que mais faz sucesso nesse período. O prato custa R$ 160,00, para duas pessoas.

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