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Comportamento

Cão terapeuta é "segredo" de hospital para acalmar crianças internadas

Cão passa por preparação antes de visitar crianças, como banho especial para retirar bactérias

Liana Feitosa | 05/10/2022 14:31
Cãozinho Zili tem três anos e é cachorro "terapeuta" em hospitais. (Foto: Divulgação / Santa Casa)
Cãozinho Zili tem três anos e é cachorro "terapeuta" em hospitais. (Foto: Divulgação / Santa Casa)

Nesta semana um cachorrinho da raça Shih-tzu de apenas três anos foi o personagem principal do projeto de Terapia Assistida por Animais da Santa Casa, em Campo Grande. Zili, também conhecido como Zoio, Zilinelson, Zileri, Nelson Roberto, Petisco e Amigão, nomes que os pequenos pacientes dão ao animal nas visitas, leva diversão e leveza às crianças que estão internadas na unidade de saúde.

O programa começou em 2018 por iniciativa da comissão de humanização da Santa Casa, e faz parte do desenvolvimento das diretrizes da PNH (Política Nacional de Humanização), do Ministério da Saúde. Depois de uma pausa por causa da pandemia de covid-19, retornou nesta semana para atender internados da ala de pediatria. Acostumado às rotinas hospitalares, ele até possui um “truque” para encantar ainda mais: um óculos estilo aviador.

Tutora de Zili conversa com paciente na Santa Casa. (Foto: Divulgação / Santa Casa)
Tutora de Zili conversa com paciente na Santa Casa. (Foto: Divulgação / Santa Casa)

A estudante Keila de Oliveira, tutora do Zili, conta que o cachorrinho passou por um processo de seleção antes de se tornar co-terapeuta do Amar IAA (Intervenções Assistidas por Animais) projeto de extensão e pesquisa realizado pela universidade Uniderp em parceria com instituições de saúde da Capital. “É a primeira vez dele aqui na Santa Casa, mas no semestre passado ele foi cão terapeuta em outro hospital. Ele tem um comportamento super dócil e passa por uma preparação antes de começar, com um banho para tirar todas as bactérias presentes no corpo”, comenta.

O “cão terapeuta” deve ser calmo em situações de estresse, ter boa convivência com outros animais e pessoas, incluindo idosos, e nenhum registro de agressividade. “O veterinário faz a triagem e seleção dos cães, porque precisam de um perfil de saúde e psicológico do animal para saber se estão aptos a esse tipo de local hospitalar. Não é por ser cão que ele automaticamente está qualificado. Por isso, é importante a parceria com a universidade que oferece toda essa fundamentação e suporte para nós”, explica a gerente de comissões técnicas do hospital, Regiane Bononi.

Para a enfermeira, que também é membro da comissão de humanização, a terapia com os animais contribui para a qualidade de vida do paciente. “Algumas pesquisas indicam que o contato do paciente com animais auxilia no controle da dor, alivia quadros de ansiedade ou depressão e minimiza os impactos da hospitalização. Além de atuar no bem-estar durante a internação, facilita o retorno para a casa por conta dessa conexão que eles fazem com os animais”, complementa a gerente de Comissões Técnicas.”, ressalta Regiane.

Entre os benefícios da Terapia Assistida por Animais estão a melhora na comunicação, na memória, concentração, afetividade, na autoestima, na socialização e no estabelecimento de vínculos.

Cachorro Zili conquista pacientes na Santa Casa. (Foto: Divulgação / Santa Casa)
Cachorro Zili conquista pacientes na Santa Casa. (Foto: Divulgação / Santa Casa)

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