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Comportamento

Celso escolheu casa a dedo só para monitorar aviões 24 horas

Professor aposentado registra aeronaves há 20 anos e tem até estrutura especial em casa

Por Aletheya Alves | 15/08/2024 07:07
Professor aposentado é responsável por várias fotografias de helicópteros e aviões. (Foto: Celso Mazzei)
Professor aposentado é responsável por várias fotografias de helicópteros e aviões. (Foto: Celso Mazzei)

Com direito a estrutura para fotografar sem a interferência de fiação, o professor aposentado Celso Mazzei escolheu estrategicamente sua casa em Campo Grande para garantir que nem precisaria sair do quintal quando quisesse registrar aviões a qualquer momento. Há 20 anos, ele registra o trânsito no céu e, enquanto muita gente quer fugir do barulho causado pelo aeroporto, o spotter garante que encontrou um de seus locais favoritos.

Na Capital há cerca de dois anos, ele explica que sua história com os aviões começou em Ponta Porã. Tendo vivido a maior parte da vida na região de fronteira, Celso, que hoje tem 66 anos, detalha que lá sua casa também era próxima da pista de pouso.

“Eu sempre gostei muito, acompanhava e até tive um chefe que tinha aviões. Na época, como ele sabia do meu gosto, me chamava para fazer alguns bate e volta aqui para Campo Grande com ele e é claro que eu ia”, explica Celso.

Celso levou estrutura para casa; ideia é ficar acima dos fios. (Foto: Osmar Veiga)
Celso levou estrutura para casa; ideia é ficar acima dos fios. (Foto: Osmar Veiga)

Considerando que são duas décadas focado nas aeronaves, ele explica que é praticamente impossível quantificar os registros. “Tenho vídeos antigos, da época de VHS, para você ter ideia”.

Sem ganhar nada por isso, ele relata que tudo sobre o assunto é realmente um hobby. “A gente é apaixonado por ver as aeronaves, fazer as fotografias, gravar e compartilhar também”, relata.

Tentando explicar o gosto, o spotter comenta que esse universo é como se fosse o das pessoas que trocam receitas.

“Nós temos grupos no WhatsApp com curiosos, pilotos profissionais e lá também conversamos muito. A gente que não sabe tanto escuta os profissionais e no caminho aprendemos muito. Tem muita coisa que eu não tinha ideia”, descreve.

Monitoramento do aeroporto é uma parceria de Celso com aplicativo. (Foto: Osmar Veiga)
Monitoramento do aeroporto é uma parceria de Celso com aplicativo. (Foto: Osmar Veiga)

Para se ter ideia de como o hobby é um assunto sério, ele explica que até antena para ajudar a monitorar o tráfego aéreo foi instalado em sua casa. E, para que a fiação não atrapalhe nos registros, ele trouxe uma estrutura metálica para manter as câmeras mais altas.

“Hoje, já não existe espaço sem monitoramento no Brasil porque criamos uma teia com várias antenas espalhadas por todo o País. Então, se você viaja para qualquer lugar, conseguimos acompanhar o voo, a velocidade, todas essas informações”.

Apesar da antena poder ser comprada por cerca de R$ 500 dólares, a de Celso foi uma doação em parceria com um aplicativo de monitoramento.

“Eles enviam gratuitamente porque é uma parceria. Outra parceria que temos é de uma câmera ao vivo (veja aqui) que monitora o aeroporto, mas é importante dizer que a ideia é realmente só acompanhar para a gente poder fazer as fotografias com calma, saber quando gravar. Ninguém interfere em nada”, completa.

E, para quem quiser acompanhar Celso, seu perfil de spotter é @aviacao100fronteiras no Instagram.

Modelo Pegasus 08 integra o acervo. (Foto: Celso Mazzei)
Modelo Pegasus 08 integra o acervo. (Foto: Celso Mazzei)
Paixão pela aviação sempre se manteve com os registros. (Foto: Celso Mazzei)
Paixão pela aviação sempre se manteve com os registros. (Foto: Celso Mazzei)

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