Cliente bêbado é tão abusado que chega a fazer "xixi" dentro do Uber
Além da raiva, motorista teve prejuízo ao fazer a limpeza no veículo
Na vida de um motorista de aplicativo, o que não falta é história para contar. Mas o desafio entre uma corrida e outra é lidar com cliente abusado, que chega ao ponto de fazer xixi no banco do passageiro e ainda bate a porta sem pagar a conta. Acredite, isso aconteceu em Campo Grande, no fim de semana, e tem dado a maior dor de cabeça para o dono do veículo.
O campo-grandense, de 33 anos, que prefere não ser identificado diz que a insatisfação tem feito ele pensar em desistir do ofício, depois de um ano e meio trabalhando com o aplicativo.
Ele conta, que após muitas viagens, o episódio do último fim de semana foi surpreendente. "Entraram no meu carro três homens e uma mulher, aparentemente, estavam muito embriagados. Falavam em linguajares estranhos e, depois de um certo ponto, entraram no assunto de armas e assalto. Mas fiquei na minha e continuei a corrida".
Ao chegar no destino, um dos passageiros "brincou" dizendo que o motorista havia chegado no cativeiro. Sem demonstrar emoções, ele apenas informou o valor da corrida que havia dado R$ 21,85. "Eu não quis falar nada do comportamento deles porque poderiam falar que era preconceito, mas percebi que estavam bêbados".
A mulher, no banco do passeiro, segundo o motorista, informou que não pagaria a conta porque ele havia alterado a rota. "Apenas segui o GPS", afirma.
Depois de uma discussão entre os próprios passageiros sobre pagar ou não a conta, um deles jogou R$ 20,00 no motorista. "Foi quando eu peguei o dinheiro e aceitei outra corrida no bairro. De repente, percebi que a mulher havia urinado no meu banco".
Em seguida o motorista diz que entrou em contato com o aplicativo informando o ocorrido. A empresa alertou para que ele fizesse a limpeza e enviasse a nota fiscal eletrônica para garantir o ressarcimento. "O problema era um encontrar um lava-jato no sábado à tarde que emitisse nota fiscal. Só no domingo consegui um lava-jato na Rua Antônio Maria Coelho".
Por atender no domingo, a empresa cobrou um valor mais alto pela limpeza do banco. "Paguei R$ 250,00, eles tiraram o banco do veículo, lavaram e passaram um produto especial. Em seguida, encaminhei a nota fiscal para a Uber e eles me disseram que estava inválido, e que ainda poderiam me desligar do aplicativo".
O motorista diz que ainda aguarda respostas da empresa, mas está desanimado. "Realmente penso em parar", diz.
E você? Que tipo de cliente já recebeu em seu carro?