Coleção de Douglas tem desde réis a relíquia da 2ª Guerra Mundial
Moedas, placas, estátuas, abridor de cartas e outros itens integram vasto acervo do colecionador
Castiçais, placas de carros, máquinas fotográficas, panelas de ferro, facas, moedas e capacete do Exército datado da 2ª Guerra Mundial. A coleção de relíquias de Douglas Rodrigues, de 51 anos, é vasta e cheia de surpresas.
Apreciador de história, ele começou a colecionar peças de diferentes finalidades e origens há anos. As relíquias são exibidas em feiras de Campo Grande, sendo uma delas a Feira das Antiguidades na Praça Ary Coelho que realizou mais uma edição no sábado (08).
Para os espaços públicos, ele leva uma pequena amostra do que conquistou em viagens e leilões. Nos últimos três anos, Douglas conta que começou a comercializar o acervo e que só faz questão de guardar as primeiras cédulas que comprou.
“Eu já colecionava, gostava, sempre comprava e guardava, mas agora eu vendo tudo. Tenho até hoje as cédulas, estão guardadas, tá um bagaço, mas eu não vendo. Eu sempre gostei de acumular as coisas e eu gosto de coisas exóticas”, afirma.
Gostar de objetos antigos é só uma faceta do homem que também aproveita para restaurar e dar nova utilidade aos materiais que adquiriu, como as caixas de ferramentas do Exército. “Eu pego tiro as ferrugens, passo uns produtos, passo tipo uma resina por cima, nunca mais enferruja e fica altamente resistente”, destaca.
Outro produto que passou pelos cuidados de Douglas é o sino de ferro, que une vários elementos. “Essa parte aqui é um holofote, esse é freio de cavalo aí eu peguei um cilindro e cortei todo ele. Tem o sistema aqui que fica livre e ele dá uma ressonância. Isso aqui eu restaurei”, conta.
Para cada peça Douglas tem uma história e informação, seja sobre o material, origem e utilidade. O conhecimento é resultado da experiência acumulada durante os anos como colecionador.
O tempo investido em leilões e pesquisas de antiguidades fez ele aprender a julgar a veracidade e valor dos objetos. “A gente vai aprendendo, vai conhecendo o material. Tem esse revisteiro, ele é das antigas, deve ser da década de 1940, dá pra saber só pelo formato dos pinos”, explica.
Além do revisteiro, Douglas levou para a feira peões de madeira, chaveiros, abridor ‘jacarandá’, facas com símbolo asteca, abridor de cartas, relógios, cinzeiros de cobre, estátua do Buda, castiçais, vasos, placas de veículos, placas decorativas e taças. Os itens custam de R$ 20 a R$ 650, sendo o último o valor do sino restaurado.
Na coleção se destacam duas peças, sendo a primeira o capacete de ferro do Exército. “É o capacete da 2ª guerra original, ele é chamado de M1. Tanto no Brasil, quanto no Vietnã era usado esse modelo”, fala. O capacete custa R$ 220.
O segundo item é o álbum cheio de moedas de cobre, banhadas a prata e de prata. Uma das mais interessantes é a de 500 réis feita em 1913 na época que o País era ‘República dos Estados Unidos do Brasil’. Além de moedas brasileiras tem outras de origem alemã, boliviana e mexicana.
Ao falar sobre o trabalho, ele garante que a melhor parte de gostar de relíquias é quando uma delas passa a pertencer a outra pessoa. “Eu gosto de trabalhar, pegar uma peça que tá detonada e transformar ela. A parte mais prazerosa é quando a pessoa chega, fala: ‘Nossa, que lindo, quero ficar’. Aí a pessoa leva, dá uma sensação de prazer”, pontua.
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