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Comportamento

Com menos de R$ 200, Anderson transformou quintal em barbearia

Além da barbearia, espaço restante do terreno recebeu construção de mercearia

Aletheya Alves | 19/05/2023 07:16
Barbearia foi sendo montada aos poucos por Anderson no quintal de casa. (Foto: Paulo Francis)
Barbearia foi sendo montada aos poucos por Anderson no quintal de casa. (Foto: Paulo Francis)

Com sonho de trabalhar no próprio negócio, Anderson Araújo arregaçou as mangas e decidiu que o quintal de casa poderia servir para muita coisa. Primeiro, uma parte da área se transformou em mercearia e, pouco tempo depois, menos de R$ 200 e um espelho do banheiro foram aplicados na tentativa de barbearia.

Deixando o lar nos fundos, a mercearia começou com alguns poucos itens e foi aumentando conforme os vizinhos do Jardim Centenário adotaram a ideia. Para comportar os itens, uma estrutura foi construída, mas a renda ainda não era o suficiente.

Insistindo na ideia, Anderson resolveu começar a cortar grama e, tendo a oportunidade de fazer um curso de barbeiro, quis garantir mais uma profissão para a lista. “Faz mais ou menos três anos que fiz o curso e comecei logo em casa, sem ir para fora”.

Aproveitando o outro lado da área, ele comenta que com menos de R$ 200 conseguiu comprar uma cadeira e a máquina de corte. E, sem poder ficar sem espelho, o objeto foi retirado da própria casa para servir aos clientes.

Hoje, itens já foram expandidos e o proprietário consegue atender melhor. (Foto: Paulo Francis)
Hoje, itens já foram expandidos e o proprietário consegue atender melhor. (Foto: Paulo Francis)

“Montei tudo ali fora e coloquei uma plaquinha, cobrava R$ 8 e fui tentando. Depois de um tempo, consegui parar de cortar grama, mas continuamos com a mercearia”, explica Anderson.

Para a decoração, um tambor que já estava em casa também entrou no jogo e a arrecadação de clientes é que foi o mais difícil. “Hoje, o corte custa de R$ 15 a R$ 20, mas o movimento caiu bastante”.

Por isso, o sonho de se manter trabalhando apenas em casa tem precisado ficar em segundo plano. “A gente não pode parar, então quando a barbearia está muito parada, eu ligo o aplicativo e começo a fazer entregas”, comenta.

Além da barbearia, mercearia também foi criada para conseguir mais renda. (Foto: Paulo Francis)
Além da barbearia, mercearia também foi criada para conseguir mais renda. (Foto: Paulo Francis)

Já tendo feito um pouco de tudo o que pôde, Anderson narra que não pensa em desistir e fechar tudo. Tampouco devolver o espelho para o banheiro de casa.

A ideia, por enquanto, é fazer promoções e continuar divulgando os cortes por onde passa. No espaço, ele já conseguiu adquirir outros itens essenciais para os cortes e até uma decoração melhor.

Nas paredes, há alguns quadros e uma caixa de madeira foi transformada em nicho para suportar alguns itens. Ao fundo, uma lona branca serve de parede para separar o espaço de trabalhar e o de descansar.

Atendendo de segunda a segunda, Anderson explica que só para quando precisa garantir a renda no Ifood. Mas, enviando uma mensagem no WhatsApp, é possível marcar o corte pelo número (67) 98466-9835.

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