Desafio de grupo é vasculhar 189 anos para criar museu da PM
Seguindo exemplo do TJMS, Polícia Militar agora tem equipe para preservar a memória e resgatar histórias
Imagine precisar vasculhar 189 anos em busca de tudo o que é importante para a história. Agora, o Comando-Geral da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) definiu um grupo para mergulhar no tempo e ir atrás de documentos, objetos e materiais que fazem parte da polícia desde sua fundação.
A novidade foi publicada no Diário Oficial para nomear a comissão composta por nove militares. Na lista, estão o coronel Edson Furtado de Oliveira, tenente coronel Edcezar Zeilinger, major Wardivan Alves de Araújo, capitão Marcela Coca Gonçalves, 2ª tenente Camila Egashira Oliveira, 1º sargento Rodrigo Calvi, 3º sargento Guidson de Almeida Silveira, além dos cabos Aline Carvalho Jeronymo e Daniel Elias de Oliveira Pinheiro.
Segundo definido pelo comandante-geral da PMMS, Renato dos Anjos Garnes, a comissão vai catalogar e recolher os materiais, documentações e objetos que tenham algum valor histórico para a corporação.
Lá em 1835, especificamente no dia 5 de setembro, o governo do então Mato Grosso criou um grupo chamado “Homens do Mato”. Depois, com a Guerra do Paraguai, o nome mudou para “Companhia de Pedestres” e, já com a chegada da república, ganhou o título de “Força Pública”.
Só em 1934 que ela se transformou em “Força Policial Militar” e, finalmente, em 1947 ganhou o título de Polícia Militar.
Explicando que a criação do memorial se integra com ideias de vários policiais, o tenente coronel Zeilinger explicou que ele mesmo já havia proposto a criação de uma catalogação de itens históricos com outros colegas. Agora, o Comando reuniu várias definições para ampliar o trabalho a ser feito e colocar tudo isso em prática.
“Vamos iniciar um trabalho do zero para juntar todas as informações históricas que existem em cada unidade para formarmos um museu digital e quando tivermos a oportunidade de termos um espaço físico para compor um memorial físico também será feito”, explica Zeilinger.
Na publicação, o Comando-Geral descreve que o objetivo, além de preservar a história, é garantir que a população tenha um espaço de conhecimento e reflexão sobre o papel da instituição ao longo dos anos.
“O memorial aproxima a polícia da comunidade, além de valorizar o trabalho dos policiais militares e ressaltar sua importância para a segurança pública do Estado”, é relatado no texto do Diário Oficial.
Como dito por Zeilinger, inicialmente tudo será disponibilizado de forma virtual, mas a ideia é que com o passar do tempo exista um espaço físico para criar exposições. “É um trabalho que vai levar um bom tempo, acredito que é uma identidade que a PM está criando com o Estado e com a população”.
Por enquanto, não há definições sobre recolhimento de documentos e itens que estejam com pessoas em geral. Mas, de toda forma, é possível entrar em contato com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública pelo número (67) 3318-6809.
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