Do pãozinho à demolição, Joaquim Murtinho celebra 100 anos de história
Alunos e professores comemoram, nesta quarta-feira (15), os 100 anos de história do colégio
De vaga sorteada e demolição da antiga sede até pãozinho doce que era vendido na cantina, lembranças não faltam para quem faz parte dos cem anos da Escola Estadual Joaquim Murtinho. Por isso, com as comemorações do centenário ocorrendo hoje (15), além de conferir alguns dos relatos que fazem parte dessa história, participe do nosso mapa interativo contando suas lembranças com a escola!
Seja nas redes sociais ou dentro da escola, o sentimento de nostalgia de quem já esteve naquelas salas de aula se une à empolgação de quem está vivendo a história como aluno no presente. E, para celebrar o marco, estudantes, professores e profissionais que trabalham na escola se reuniram para uma série de atividades que serão realizadas nesta quarta-feira (15).
Além das tradicionais apresentações de trabalho e rituais de celebração, o que realmente prevalece são as memórias vividas entre as paredes instaladas na Avenida Afonso Pena. Atual diretor da escola, Cláudio Morinigo, de 45 anos, é uma das pessoas que construíram suas história em conjunto à da Escola Joaquim Murtinho.
Meu aprendizado e a prática que nos faz professores de verdade foi aqui, foi o Joaquim Murtinho que me fez professor e, consequentemente, diretor, conta Cláudio.
Relembrando como a união com a escola começou, o diretor detalha que toda sua vida profissional teve início por ali. “Meu estágio da graduação foi feito aqui, em 1999, e no final do ano fiz o concurso público. Já no início de 2000 assumi e desde então continuo aqui, são 23 anos de história”, ele completa.
No decorrer dos anos, lembranças mais antigas do que a de Cláudio também tomam as redes sociais. De tempos em tempos, um ex-aluno aproveita o grupo Anos Dourados Campo Grande-MS, por exemplo, para relembrar como o cenário e detalhes de quando estudava na escola eram diferentes.
As fotos mais antigas remetem, inclusive, ao antigo prédio do colégio Joaquim Murtinho. Guardando trajes e costumes da época, um dos registros publicados por alunos é de 1931.
Demolida em 1970, a sede da então Escola Normal Joaquim Murtinho era completamente diferente e, hoje, é celebrada tanto nos registros dos ex-alunos quanto na comemoração dos 100 anos.
Inclusive, a discussão sobre a idade da escola também é algo frequente e já foi matéria do Lado B neste ano. Por ter o prédio inaugurado em 1926, a sede projetada pelo engenheiro e Camillo Bonni, poderia ser identificada como o marco de criação da então Escola Normal Joaquim Murtinho.
Contando com nove salas, a estrutura inicial recebia alunos de famílias em condição de vulnerabilidade social. Entretanto, por convenções, a direção da escola considera o dia 13 de junho de 1922 como a data de fundação.
De acordo com o relato do diretor Cláudio Morinigo, documentos e estudos ditam a data convencionada como a de comemoração.
Sem se importar com os detalhes da história, as lembranças se focam mesmo nos detalhes. Já tendo estudado na nova escola, outra publicação no Facebook relembra dos tempos em que as vagas do colégio eram sorteadas depois que os pais e alunos permaneciam em uma fila extensa.
E com a lembrança ainda mais ativa, outra postagem destaca até o pãozinho doce que era comercializado por lá em conjunto à rosquinha de araruta. Só nesta publicação, 94 pessoas interagiram com comentários.
Quem no futuro irá se unir aos ex-alunos nostálgicos, hoje se sente parte da história contribuindo com a comemoração dos cem anos. Ana Paulina, de 17 anos e Arielle Mariana Cunha, de 16, por exemplo, contam que a ligação com o passado também está ganhando destaque com os alunos atuais.
No trabalho em que prepararam para o centenário, as alunas se vestiram como se estivessem em 1922 e, ao lado do restante da turma, fizeram fotos comparativas. “A gente quis mostrar a diferença entre os anos, como seria no ano em que a escola foi fundada e como é hoje”.
Além da produção especial com os trajes, as duas detalham que outras pesquisas também foram feitas para compor e celebrar a história. “Nós também pesquisamos conquistas da escola no decorrer do tempo e vimos que ela já foi considerada uma das melhores escolas”, conta Ana.
Feliz em fazer parte da comemoração, outra aluna atual da escola, Jovandra Tech, de 16 anos, explica que ela e a família saíram do meio rural para integrar a cidade devido aos seus estudos. “Nós viemos para eu encontrar uma escola melhor, pesquisamos e vimos que aqui era o melhor lugar. Gosto muito da escola”, diz.
Seja para quem conheceu a escola no prédio antigo ou no novo, o sentimento de carinho acaba sendo geral.
Comemorações o dia todo
Integrando o cronograma dos 100 anos, as apresentações das aulas são parte dos vários trabalhos produzidos pelos alunos. Com cronograma para o dia todo, os professores, alunos e visitantes começam as celebrações logo cedo.
Entre as produções estão as apresentações de trabalhos, apresentações musicais e de dança, declamação de poemas, teatro, show de talentos e cápsula do tempo com cartas para serem abertas em 15 e 100 anos.
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