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Comportamento

Qual é a escola mais velha? Maria Constança ou Joaquim Murtinho?

Dependendo do ponto de vista, as duas estão certas e nenhuma perde a disputa

Jéssica Fernandes | 08/02/2022 09:21
E. E. Joaquim Murtinho, no Centro de Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
E. E. Joaquim Murtinho, no Centro de Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

Em Campo Grande, os dois colégios estaduais têm história e um lugar especial no coração de muitos alunos e professores. Mas afinal, entre a Maria Constança de Barros Machado e a Escola Estadual Joaquim Murtinho, qual é a mais antiga na cidade? A verdade é que, dependendo do ponto de vista, todo mundo acertou.

Apesar da primeira ter sido inaugurada em 1954, enquanto a outra é datada de 1922, as duas tecnicamente ganham o título. Não entendeu nada? O Lado B explica na íntegra.

A data verdadeira do colégio Joaquim Murtinho, que a princípio, atendia pelo nome de Escola Normal Joaquim Murtinho, é envolta de controvérsias. O assunto, inclusive, inspirou temas de doutorado, mestrado e outras pesquisas acadêmicas que, às vezes, divergem e convergem em relação à idade da instituição.

Do ponto de vista histórico, o prédio projetado pelo engenheiro e arquiteto Camillo Boni foi inaugurado em julho de 1926, em Campo Grande. A estrutura inicial contava somente com nove salas e servia para receber os alunos de famílias em condição de vulnerabilidade social.

Escola Estadual Maria Constança Barros Machado. (Foto: Arquivo Campo Grande News)
Escola Estadual Maria Constança Barros Machado. (Foto: Arquivo Campo Grande News)

A escola deveria tecnicamente celebrar 96 anos de história, porém a direção considera 13 de junho de 1922 como a data oficial de criação. Por essa razão, o colégio irá comemorar o centenário neste ano.

Ao Lado B, o diretor Cláudio Morinigo Ribeiro, afirmou que, devido à tradição das gestões anteriores, esse período é tido como oficial. “É por um entre os estudos, a tradição das direções anteriores. Inclusive, da data na entrada da escola, inserida nas gestões anteriores”, fala.

Apesar de tudo isso, a Escola Estadual Maria Constança Barros Machado, inaugurada no dia 26 de agosto de 1952, leva o título de colégio mais antigo. Isso porque, quando o assunto é a estrutura, a instituição mantém o projeto original do arquiteto Oscar Niemeyer até a atualidade.

Embora o colégio Joaquim Murtinho tenha sido inaugurado na Avenida Afonso Pena em 1926, a construção foi demolida na década de 1970, durante o governo de José Fragelli. Por isso, o prédio tem somente 52 anos, ante aos quase 68 anos da Escola Estadual Maria Constança Barros Machado.

Construção da E. E. Maria Constança Barros Machado, em 1952. (Foto: Fundação Oscar Niemeyer)
Construção da E. E. Maria Constança Barros Machado, em 1952. (Foto: Fundação Oscar Niemeyer)
Escola Normal Joaquim Murtinho, com a turma de 1931. (Foto: Reprodução)
Escola Normal Joaquim Murtinho, com a turma de 1931. (Foto: Reprodução)

Já na perspectiva de instituição com mais tempo em atividade, a Escola Estadual Joaquim Murtinho leva a melhor, pois desde 1922 tem tradição escolar.

O diretor da Escola Estadual Maria Constança Barros Machado, Reinaldo José Schmidt, reconhece que, neste quesito, a outra instituição é a mais antiga. “O decreto de funcionamento é de 1938 com o nome de outra instituição, porque já foi Colégio Campo-Grandense. Mas a gente não considera esse decreto e sim, o da inauguração do prédio, que é de 1954. No caso, o Joaquim Murtinho é mais velho”, esclarece.

A homenagem foi ao cuiabano Joaquim Murtinho, senador por duas vezes e também ministro da Fazenda do governo Campos Sales, em 1898.

Com 32 anos de diferença, cada colégio conquistou a própria notoriedade na Capital. Sem rixas ou disputas, essas escolas fazem parte da história da cidade e da vida daqueles que já cruzaram os portões e frequentaram as salas de aula.

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Joaquim Murtinho foi o homenageado na primeira escola estadual de Campo Grande. (Foto: Arquivo Nacional)
Joaquim Murtinho foi o homenageado na primeira escola estadual de Campo Grande. (Foto: Arquivo Nacional)


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