Dos anos de ouro ao pendurar da chuteira, reunião do “És Feras” vira tradição
Um almoço para 70 pessoas movimentou o Clube Estoril durante o 2º Encontro dos "És Feras" do Futsal de Mato Grosso do Sul, das décadas de 70, 80 e 90. Em uma reunião agradável e de muito bate papo, os amigos receberam camisetas e certificados.
Na primeira edição, em 2018, Nelson Zaminelli, que foi treinador de diversos clubes, inclusive, da seleção estadual, entre os anos de 1984 e 1994 preparou diversas homenagens. Desta vez, a ideia foi matar a saudade, mesmo.
“Homenageamos seleções, ex-presidentes, mas neste ano decidimos confraternizar mesmo. Vamos repetir essa reunião uma vez por ano”, pontua Nelson.
Logo na entrada do salão, um mural de fotos dos times que Nelson trabalhou promovia uma viagem ao tempo. “Vim do Paraná trabalhei dez anos entre 82 e 92 e voltei para lá. Quando retornei a Campo Grande trabalhei com o Sei Dom Bosco, que tinha muitos jogadores de fora e disputou liga nacional em 2000”, frisa.
Os presentes jogaram na seleção estadual e em clubes como o Santa Clara, Operário, Sei Dom Bosco, Galeria dos Esportes e Ratmat. Os jogadores já venceram campeonatos como a copa brasileira e a copa canarinho.
Outra coisa que mudou foi o nome do grupo de amigos. “A maioria não joga mais, mas tem gente na ativa. E outra, apesar de mais gordinhos continuamos feras, então, é um triplo sentido. Trocamos o x pelo s”, frisa Nelson.
O jogador Ilson Barbosa, o “Tampinha” não joga mais futsal, mas ainda está na ativa no Futevôlei disputando campeonatos acima dos 55 anos. “Eu sempre fui pequeno e meu medo era eles me atropelassem”, brinca Tampinha.
O que mudou? Nelson explica que, há 30, 40 anos, os jogadores iniciavam crianças e seguiam até a categoria adulta. A sequência foi reduzindo até esgotar os times adultos.
“Não tem mais sequência, não tem mais times adultos. De 2010 para cá, o futsal no Brasil inteiro caiu. Antes tinham grandes orçamentos para tocar uma equipe. Você não tocava um time com menos de um milhão e duzentos por ano, hoje isso não existe mais”, explica.
Outro integrante da organização é o ex-jogador Euclides Adania, de 66 anos. “Eu joguei até 86. Hoje em dia o que ficou foi a amizade. A bola caiu na barriga e não sai mais”, brinca Euclides.
O empresário Roberto Rech ressalta que o futsal formou grandes amizades. “Anos de 75 a 85 foram anos de ouro. Nunca foi só futebol, o nível de pessoas envolvidas era diferente, tanto que até hoje você vê na confraternização pessoas dos mais altos postos políticos e empresariais, Ficaram grandes amizades”, frisa Roberto Rech.
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