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Comportamento

Em plena Capital, continua o costume do interior de fechar o comércio no almoço

Anny Malagolini | 30/07/2013 06:42
Em plena Capital, continua o costume do interior de fechar o comércio no almoço
Serviço da eletrônica pausa ao meio-dia e só retorna às 15 horas. (Foto: Anny Malagolini)

Em clima de cidade de interior, quem usa o horário do almoço para resolver problemas da casa ou comprar alguma coisa, no bairro Tijuca, zona sul da Capital, se depara com portas fechadas nos comércios.

A partir das 11 horas, é difícil encontrar uma loja aberta na região, para o desespero dos moradores, que tem que esperar a volta do almoço dos comerciantes. No bairro, o cliente nem sempre tem a preferência, mas por ser distante do Centro, o jeito que a vizinhança encontra é esperar.

Quem quiser comprar uma água, por exemplo, só depois das 14 horas, horário em que a maioria dos comerciantes voltam a trabalhar. Maria Rita Santana, de 43 anos, só queria consertar a janela do quarto, mas teve que ligar no trabalho para avisar o atraso. "Como que o comerciante não quer atender? Parece até brincadeira", conta indignada.

A desculpa para alguns é o “descanso”. Proprietário de uma vidraçaria na rua Conde de Boa Vista, Barwin Tavares Rodrigues, de 23 anos, conta que a partir das 11 horas, o atendimento é encerrado e só retorna às 13 horas. “Nesse período os funcionários descansam e almoçam, mas se baterem na porta atendemos”, explica.

Em plena Capital, continua o costume do interior de fechar o comércio no almoço
Vidraçaria atende na hora do almoço conforme o desespero do cliente. (Foto: Anny Malagolini)

Perto dali, na eletrônica do Aparecido Domingo Freitas, 51 anos, nem se bater na porta, o cliente vai ser atendido no horário do almoço, que tem duração de três horas. Mesmo morando nos fundos da loja, ele explica que não é má vontade, e sim falta de tempo.

“É o único horário que tenho para ir ao Centro da cidade comprar as peças. Cliente até liga atrás de mim, mas não adianta e também tenho que almoçar, não é?”.

Segundo ele, a reclamação é comum entre a clientela, mas seo Aparecido deixa bem claro. “Clientes reclamam, mas eu se eu não fechar não consigo arrumar nada, então perco clientela de qualquer jeito”.

Em plena Capital, continua o costume do interior de fechar o comércio no almoço
As três horas de almoço do técnico são para comprar as peças para os consertos. (Foto: Marcos Ermínio)
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