Famoso na cidade, “Galera” ganha perfil no Instagram e adota uma dona

Muito simpático e rolezeiro, um cãozinho vira-lata de São Gabriel do Oeste ganhou fama no Instagram pela maneira como vive na cidade, a 140 km de Campo Grande. Livre, leve e solto, o doguinho ganhou mais de 700 seguidores em menos de 30 dias e deu adeus às ruas depois de adotar a própria dona.

O processo de adoção às avessas durou nove meses. Segundo a empresária Juliete Fernandes Ribeiro, de 24 anos, as visitas em seu estabelecimento começaram há algum tempo. "Ele apareceu por aqui, aceitou uma refeição e não parou mais de voltar nos últimos nove meses", conta a proprietária do Bar Bistrô.

A página no Instagram surgiu por iniciativa do músico Marcos Vinícius dos Santos Dadalt. Ele estava no bar com amigos, quando o cachorro apareceu. O engraçado é que ele sempre costuma aparecer em locais com grande concentração de pessoas e, por isso, recebeu o nome de Galera.

“Ele vivia solto. Comia na casa de um, de outro, mas agora terá um lar fixo. Às vezes as pessoas o ajudavam e a última vacina foi uma doação para prevenir a cinomose”, conta Juliete.

Durante a aplicação da vacina, doada de forma anônima por uma seguidora, a veterinária suspeitou de sintomas e um exame diagnosticou o cachorro com TVT (Tumor Venéreo Transmissível).

A mesma seguidora decidiu pagar o tratamento. No entanto, o cãozinho precisou de um espaço fixo, já que a quimioterapia deixa o animal debilitado. Foi quando Juliete decidiu levá-lo. Galera já passou pela primeira sessão na sexta-feira (17) e restam mais três.

Galera já foi parar na página dos cantores Conrado & Aleksandro depois de assistir a um show da dupla na cidade. Mas não para por aí. Ele é tão pra frente, que chega a dormir aos pés de quem frequenta o Bar Bistrô, ponto onde ele mais gosta de voltar.

Até no desfile cívico da cidade, Galera deu as caras ficando bem próximo ao palanque. Nas fotos dele no Instagram, todo mundo comenta que o cãozinho é do mundo mesmo. Há quem revele inclusive que já tentou ficar com ele, mas que na primeira brecha fugiu.

Ele pode até não ter gostado de outros lares, mas o carinho de Juliete é o que ele mais gosta. "Foi natural. Ele começou a chegar a chegar de dia e à noite me acompanhar até em casa. Ele que me adotou. Não sei o que vai acontecer, porque o plano seria ele ir para a casa de um amigo, mas como lá tem outros dois cachorros, eu ficaria com ele até o fim do tratamento para ele não transmitir a doença. Agora depois que ele se curar nem sei para onde vai, acho que vai ficar", finalizou.

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