Funcionária querida na UBS, Ana recebe até bilhetes emocionantes

Ana Paula Tomaz Damasio Moreira, de 42 anos, é uma figura conhecida pelos moradores que recorrem à Unidade Básica de Saúde do Nova Bahia. A mulher que sempre foi ‘trabalhadeira’ conquistou o coração de pacientes que vivem escrevendo bilhetes em agradecimento a ela.

Há 2 anos e 7 meses, Ana é Proinc na UBS onde trabalha diariamente das 7h às 17h fazendo o que pode para ajudar quem chega. “Tem pacientes que chegam e, às vezes, perdem a senha da "Vacina Campo Grande". Eu procuro ajudar eles, eles nunca saem dali sem resolver os problemas deles. O que a gente pode resolver, eu estando ali, eu resolvo”, afirma.

Na função de administrativa, Ana atende a todos sempre de forma atenciosa e com o sorriso no rosto. Esse tratamento, segundo ela, é o que faz a diferença na rotina dos moradores.

“A gente acolhe o paciente e eles gostam do atendimento, da educação, da forma como recebo eles. A gente não maltrata ninguém e recebe sempre com um sorriso no rosto. Eles falam que sou a melhor administrativa de lá”, afirma.

A conversa com Ana revela o quanto ela gosta do que faz. Ao recordar o início da carreira na UBS, ela conta que aprendeu tudo do zero por ser a primeira vez trabalhando na área da saúde.

Aos 42 anos, Ana realiza diariamente o que era sonho durante a adolescência. Desde a juventude, ela almejava trabalhar no setor. “Meu sonho sempre foi trabalhar na saúde igual eu sou hoje. Quando eu chegava no posto de saúde eu falava: ‘Um dia vou trabalhar aqui dentro”, fala.

Trabalho foi o que não faltou na vida de Ana, que é casada e tem três filhos. Antes da UBS, ela relata quais foram os outros empregos que teve. “Trabalhei na Semed (Secretaria Municipal de Educação) na limpeza, vendia pano de prato no sinaleiro, vendi muito pano de prato. A minha vida sempre foi corrida, nunca parei. Sempre fui trabalhadeira, nunca tive vergonha de trabalhar na minha vida em momento algum”, reforça.

O respeito, a educação e a empatia que coloca em prática diariamente na unidade são valores que a administrativa diz ter aprendido com a família. Com jeitinho, carinho e sempre de sorriso no rosto, Ana consegue cativar os pacientes mais durões.

O cuidado e atenção que dedica aos pacientes, conforme Ana, deveriam ser rotina em qualquer unidade. “Na saúde, deveria ter funcionários que sempre recebessem com amor e carinho, porque eles estão ali para serem atendidos. A gente tem que colocar como se fosse uma família nossa que estivéssemos recebendo”, declara.

Ela faz sucesso - O carinho que recebe de volta das pessoas que atende chega através de bilhetes deixados na ouvidoria e até lembrancinhas que expressam agradecimento. Entre as pessoas que fizeram questão de mostrar gratidão a funcionária está Rosangela Ribeiro, de 58 anos, que fez um tapete de crochê para Ana.

Devido ao AVC, a paciente realiza exames com frequência na UBS, porém sempre precisava realizar um deles na rede particular. A aposentada relata que através do atendimento dela conseguiu fazer o exame gratuito em outro local.

“Eu nem sabia que esse lugar existe e ela ligou pra mim no local, viu se tinha vaga e marcou pra mim. Eu fui e fui muito bem atendida. Ela é um diferencial de pessoa, ela tem uma boa vontade com todo mundo. Eu elogiei muito ela o dia que fui atendida”, ressalta.

A auxiliar de armazém Alessandra Cristina, de 43 anos, fala que o atendimento humanizado é o que a destaca no ambiente. “Ela é excelente funcionária, atenciosa, carismática e isso é um diferencial no atendimento aqui e por isso ela é muito querida. Eu não tenho o que reclamar, ela é ótima”, afirma.

Já a enfermeira e colega de trabalho Dalila Nascimento, de 27 anos, relata o quão esforçada é a administrativa. “A Ana é muito solícita, para os alunos ela é um grande exemplo. Ela não tem preguiça de ajudar os pacientes, ela realmente vai atrás, ela não dá sossego enquanto não ajuda os paciente. Sempre muito educada, receptiva e com controle emocional. Ela sabe lidar muito bem com as pessoas”, destaca.

Outra que rasga elogios para Ana é a aposentada Luciene Molina, de 61 anos, que garante que o posto não seria o mesmo sem ela. “Às vezes, chego passando mal e ela tá aqui com aquele sorriso brilhante. Nós não podemos ficar sem a Paulinha aqui, conheço várias pessoas que adoram ela, então ela merece muito mais que uma homenagem”, afirma.

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